Candidaturas registradas e as cartas estão à mesa. No dia 7 de outubro, 147.302.354 milhões de eleitores irão às urnas para escolher presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais (ou distritais, no caso do Distrito Federal). Até lá, o tempo é de conhecer melhor os nomes que estão na disputa. Sempre chama a atenção, as declarações de bens — alguns sem declarar nada e outros milionários.

Na região, entre os nomes que pretendem trocar o Rio de Janeiro por Brasília, estão os deputados estaduais Geraldo Pudim (MDB) e Christino Áureo (PP), além do suplente Papinha (PSL). Juntos, os dois primeiros somam mais de R$ 1,8 milhão declarados em bens. Papinha não informou nenhum, a exemplo do que fez em 2014.

Pudim declarou ao TSE bens no valor de R$151.842,22, entre casa, um veículo e aplicações financeiras. Em 2016, quando disputou a Prefeitura de Campos, o deputado estadual declarou R$119.541,06, em 2016.

Com base eleitoral em Macaé, o deputado estadual Christino Áureo (PP) concorre, este ano, a uma vaga de federal. E tenta chegar a Brasília com um patrimônio bem maior que quatro anos atrás, quando declarou R$ 402.058,87. Este ano, os bens chegam a R$1.695.019,88, entre terrenos, apartamento, casa, veículo e aplicações.

Para estadual, entre os 2.335 candidatos, alguns da região tentam reeleição. O mais abastado é Bruno Dauaire (PRP), com base eleitoral em São João da Barra. Ele declarou R$2.671.909,04, entre seis apartamentos, cinco casas, além de terrenos e aplicações. Na sua primeira eleição, em 2014, o patrimônio declarado era de R$1,459,369,46.

Em seguida, vem Jair Bittencourt (PP), com patrimônio declarado de- R$2.376.757,07, contra R$657,933,17, em 2014. Suplente e que acabou perdendo o mandato em março deste ano por ter deixado o PR pelo PSB, Gil Vianna, agora no PSL, declarou bens no valor de R$1.016.960,08. Há quatro anos eram R$623.643,02.

Tentando seu sexto mandato na Alerj, João Peixoto (DC) declarou R$1.927.522,36 em bens este ano. Em 2014, o patrimônio era de R$1.430.581,49, entre imóveis e aplicações.

Dos 12 candidatos ao Governo do Estado do Rio, dois concorrentes declararam queda patrimonial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-governador Anthony Garotinho (PRP), declarou R$ 205.174,20 -- valor menor do que os R$ 303.538,65 informados em 2014, quando também concorreu ao governo, mas não chegou ao segundo turno.

Também na disputa, o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM) é outro que declarou valor menor do que afirmou ter em 2012, quando reeleito. Ele disse ter atualmente R$ 325.678,17, contra R$ 330.112,69 de seis anos atrás.

Na outra ponta da balança, o senador Romário (Podemos) aumentou seu patrimônio nos últimos quatro anos. Sua declaração de bens é de R$ 5.583.493,30, valor 233% maior do que os R$ 1.676.324,98 declarados em 2014. O valor é corrigido com a inflação do período.

O deputado federal Indio da Costa (PSD) também teve valorização de bens se valorizarem desde 2014. Indio declarou ao TSE patrimônio de R$ 12.297.846,44, contra R$ 5.377.301,88 há quatro anos. Candidato do PDT, o deputado estadual Pedro Fernandes também viu a valorização de seus bens. Ele, que informa possuir R$ 1.932.353,42, declarou em 2014 o valor de R$ 704.665,61.

O vereador Tarcísio Motta (Psol) disse quer R$ 10 mil em bens. Em 2016, declarou R$ 8.779,76. Márcia Tiburi (PT), candidata pela primeira vez, informou patrimônio de R$ 711 mil. Na mesma situação está Luiz Eugênio (PCO), que tem R$ 305 mil em bens. Também iniciante, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), que declarou patrimônio de R$ 400 mil. Dayse Oliveira (PSTU) não declarou bens.

O maior patrimônio declarado dentre todos os candidatos foi o do empresário Marcelo Trindade (Novo), que disse ter R$ 86.956.391,33 em bens.

Herdeiros políticos com contas próprias

Os filhos que estão seguindo as carreiras dos pais políticos também são um caso à parte. Na disputa por uma cadeira na Câmara Federal, Wladimir Garotinho (PRP), por exemplo, declarou ter R$ 1.491.242,70 em bens. Sua totalização está acima da apresentada por sua irmã, Clarissa (Pros), que concorre à reeleição a federal, com bens declarados de R$ 190.978,51.

A mãe de ambos, a ex-governadora Rosinha declarou bens no valor de R$ 618.787,42, em 2012, quando disputou a reeleição à Prefeitura de Campos.

Outro herdeiro político de Campos e que está na disputa é Caio Vianna (PDT), filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna (MDB). O registro de Caio só apareceu no site semana passada. Até agora, não está disponível sua declaração de bens. Já Arnaldo, quando disputou a Prefeitura de Campos, em 2012, apresentou bens no valor de R$ 207.221,65.