Victor de Azevedo
20/09/2018 19:05 - Atualizado em 28/09/2018 17:38
A morte do jovem Layron da Silva Costa, 24 anos, completa um mês no próximo dia 27 e até hoje muitas perguntas sobre o caso seguem sem respostas. O delegado titular da 145ª Delegacia de Polícia (DP) de São João da Barra, Carlos Augusto Guimarães ressaltou que necessita da colaboração dos jovens já ouvidos para que novas testemunhas cooperem com o caso. Ainda de acordo com ele, a suposta presença de “Pica-Pau” no local ainda não foi esclarecida. Enquanto isso, o Ministério Público (MP) aguarda o encerramento do inquérito para tomar as medidas cabíveis.
Segundo Carlos Augusto, novas testemunhas precisam ser ouvidas para elucidar o caso. “Ouvimos algumas testemunhas e precisamos que elas colaborem e nos contem quem são as outras pessoas que participaram do churrasco antes da ação que vitimou o Layron para que possamos avançar nas investigações”, ressaltou.
Ainda de acordo com o delegado, mesmo com o depoimento de várias pessoas, ainda não foi possível confirmar a presença do “Pica-Pau” no caso. O MP de São João da Barra informou que assim que o inquérito for concluído e chegar ao órgão, serão tomadas as providências cabíveis.
Caso - A morte de Layron, ocorrida na madrugada do dia 27 de agosto, chocou amigos e familiares que realizaram diversas manifestações, inclusive, em uma delas, interrompendo o trânsito na BR 356. Segundo depoimentos de dois policiais militares envolvidos, um agente em serviço no DPO de São João da Barra os informou que um foragido do sistema prisional estava em atitude suspeita, acompanhado por outros três homens, em duas motos. O suspeito citado seria o suposto chefe do tráfico local e que já teria praticado roubo em ônibus da empresa 1001, além de comércio e residências. Ele teria sido visto na garupa da moto que era pilotada por Layron. Ainda segundo a versão dos militares, o suposto chefe do tráfico atirou contra a guarnição, que revidou os tiros e um deles atingiu Layron que caiu da motocicleta. Porém, em depoimento a Polícia Civil, o jovem que estaria na carona da vítima, contrariou a versão dos policiais. Ele relatou que ele e três amigos saíram em duas motos do Balneário de Atafona, onde realizaram um churrasco e que ninguém do quarteto é o traficante conhecido como “Pica-Pau”, que teria sido visto pela polícia e motivado a perseguição. O jovem chegou a solicitar medida protetiva, mas o pedido não foi atendido até o momento, pois, segundo o delegado, a lei prevê a medida caso haja algum tipo de ameaça concreta.