Victor de Azevedo
26/09/2018 22:40 - Atualizado em 27/09/2018 15:58
O presidente da Firjan Norte Fluminense, Fernando Aguiar, se reuniu nesta quarta-feira com o diretor superintendente da Autopista Fluminense, Odílio Ferreira, em Niterói, na sede da concessionária que administra a rodovia, apresentando a proposta do Sindicato Metal Mecânico de Campos que sugeriu um estudo para fechamento de acessos à rodovia nos Kms 300 e 320. A Autopista vai analisar o pedido, mas elencou algumas dificuldades para executar a ação. A reunião foi realizada após o blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa, hospedado na Folha 1, relatar nos últimos meses uma série de arrastões e assaltos na BR 101.
Segundo Fernando Aguiar, representantes de Transportadoras e a Prefeitura de Niterói participaram da reunião, onde a proposta do Sindicato foi apresentada diretamente ao Grupo de Trabalho da Autopista Fluminense.
— Eles ficaram de estudar porque há uma série de complicações, inclusive com ameaças ao pessoal da concessionária quando vai tentar fechar esses acessos. Muitas vezes são recebidos por bandidos com fuzil, colocando-os em risco. Mas eles se comprometeram a estudar e ver como vão poder executar esta ação. A outra ação tem que ser da Polícia Rodoviária Federal, que também deve ser responsabilizada e apresentar soluções — ressaltou.
Ainda de acordo com Fernando, a insegurança na rodovia tem gerado prejuízo à Autopista Fluminense. “A região é coberta por muitas câmeras, mas isso não está inibindo a ação dos bandidos. E a própria Autopista também está muito preocupada porque isso está refletindo até na arrecadação deles. A última praça de pedágio passa a ser evitada por quem pode, exatamente pelo fato de ficar próxima da “Terra de Ninguém”, como ficou conhecida a área pelo blog do Christiano”, finalizou.
A onda de violência na BR 101 é relatada desde o final de julho na Folha da Manhã. São vários os trechos de insegurança ao longo da rodovia. Mas, o cenário mais violento fica entre Niterói e o distrito de Manilha, em Itaboraí. O trecho com mais registros de assaltos e arrastões é o que passa ao lado do Complexo do Salgueiro, situado entre os kms 307 e 309, que foi “batizado” como “Terra de Ninguém”, a “Faixa de Gaza” de São Gonçalo. Recentemente, a situação caótica chegou à Câmara Federal, através do deputado federal Paulo Feijó (PR), que cobrou ação dos órgãos de segurança pública.