Congresso que debate efeitos da estiagem realizado na Uenf
Maria Laura Gomes e Verônica Nascimento 19/09/2018 13:46 - Atualizado em 20/09/2018 13:35
Congresso foi aberto no Centro de Convenções da Uenf
Congresso foi aberto no Centro de Convenções da Uenf / Antônio Leudo
Foi aberto nesta quarta-feira (19), no Centro de Convenções da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), o Congresso Estadual de Prevenção dos Efeitos da Estiagem no Norte e Noroeste Fluminense, organizado pelo Comitê Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana. O congresso continua nesta quinta-feira (20) com palestras de representantes de instituições e comitês da área ambiental. O objetivo é debater as causas do agravamento da estiagem que atinge 18 municípios das regiões Norte e Noroeste do estado, afetando a produção agrícola e pecuária, a indústria, a captação de água para abastecimento e saneamento das cidades, e o prejuízo causado ao meio ambiente.
O presidente do Comitê Baixo Paraíba falou da importância do rio Paraíba do Sul, citado como o principal bem natural no hino de Campos. O Paraíba passa pelo período de seca mais longo em 85 anos. Já o representante da Defesa Civil estadual destacou o congresso como uma “pauta muitíssimo relevante”.
  • Congresso foi aberto no Centro de Convenções da Uenf

    Congresso foi aberto no Centro de Convenções da Uenf

— Nós queremos aumentar a capacidade da população de se proteger das ameaças de desastres, nesse caso da estiagem, e suportar as pressões nas situações emergenciais. No Estado do Rio, quase 60 municípios participam da campanha Construindo cidades resilientes, da ONU, cujo desafio é que as políticas públicas deem prioridade à redução de risco de desastre. Precisamos investir em tecnologias que nos ajudem a manter ações atemporais, porque nós convivemos naturalmente com riscos de desastre e precisamos nos organizar para gerenciar esse risco — destacou o coronel Silva Costa.
Coordenador Regional da Defesa Civil, o tenente-coronel Joelson Oliveira alertou que os municípios mais prejudicados pela estiagem são os que mantêm economia agroindustrial, como Varre-Sai, no Noroeste, e São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense.
Abertura e programação — Fizeram a abertura do evento o presidente do Comitê Baixo Paraíba, João Gomes de Siqueira; o diretor do Departamento Geral de Defesa Civil, coronel Silva Costa; o Supervisor Regional Norte da Emater, da secretaria estadual de agricultura, Luiz Carlos Teixeira Guimarães; o diretor técnico da Pesagro – RJ, Silvio Galvão; o major Edison Pessanha, que representou a Prefeitura de Campos; o presidente do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), Juarez Noé; o diretor do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuária (CCTA), José Frederico Straggiotti Silva; o coordenador Regional da Defesa Civil, tenente-coronel Joelson Oliveira, e o diretor presidente da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), André Marques.
A programação desta quarta-feira contou com oito palestras. Entre elas, estão a do coordenador regional da Defesa Civil, tenente-coronel Joelson Oliveira, que falou sobre a estiagem na região; e a do diretor técnico da Pesagro, Silvio Galvão, que debateu o aumento do custo de produção da agropecuária no período de seca. Nesta quinta-feira, a partir das 9h30, será a vez dos representantes da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul (Agevap), do Instituto do Meio Ambiente (Inea) e professores de universidades públicas de Campos. Antes do encerramento, haverá uma mesa redonda entre os participantes.

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