A morte de um professor de educação física, nesta sexta-feira (14), comoveu moradores do distrito de Dores de Macabu, em Campos. Ricardo de Almeida Ferreira, 50 anos, morreu carbonizado em um incêndio em sua casa, na rua Capitão Bernardes, a poucos metros da escola municipal Paulo Freire, onde trabalhava. Vizinhos notaram a fumaça por volta das 6h e acionaram o Corpo de Bombeiros. Segundo o Instituto Médico Legal (IML) de Campos, o corpo já passou por necropsia, mas devido à carbonização do cadáver ficou inviável definir a causa da morte. A polícia segue investigando se o incêndio, que atingiu principalmente a sala, onde Ricardo foi encontrado, e o quarto, foi acidental ou se o professor foi vítima de homicídio. Populares contaram que uma barra de ferro foi encontrada ao lado do corpo, a porta dos fundos da casa estava aberta e o celular da vítima não foi encontrado. O carro de Ricardo, um Renault Captur, também foi periciado.

O professor, natural do Rio de Janeiro, morava no distrito de Campos desde 2012, quando, aprovado em concurso público da Educação, começou a trabalhar na escola Paulo Freire. Ricardo residia em Cerejeira, localidade de Dores, e se mudou para a casa onde morreu há pouco mais de um ano. Ele era querido por colegas de trabalho, alunos e seus pais. As aulas foram suspensas nesta sexta em luto pelo professor. Moradores se concentraram em frente à casa do professor e aguardaram toda a manhã, até que o corpo fosse encaminhado para o IML.

 

 

• 

  Caso comoveu moradores

• 

Os bombeiros foram acionados para conter o incêndio, mas, quando chegaram ao local, Ricardo já estava morto. Os militares também não souberam informar como o fogo começou.

Ricardo também era professor nas escolas municipais Amaro Prata Tavares e no Cemstiac, no Centro de Campos, conforme informou a diretora Juliana Gonçalves Carvalho.

— Era uma pessoa respeitosa, querida por todos os colegas e pais dos alunos. As crianças adoravam as aulas de Educação Física. Ele deixou pai e mãe idosos, e a irmã está desesperada, com medo de dar a notícia e os pais passarem mal. Não dá para entender como Ricardo, que era tão ativo, não conseguiu sair de um incêndio, em uma casa tão grande, que estava com a porta dos fundos aberta. Todos estamos muito tristes e vamos sentir muita falta dele — comentou Juliana, que também é moradora de Dores.

• 

  Imóvel ficou bem danificado

• 

  Imóvel ficou bem danificado

• 

  Imóvel ficou bem danificado

• 

  Imóvel ficou bem danificado

Em nota, a secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Smece) de Campos declarou pesar pela morte do docente. “O professor era natural do Rio de Janeiro, servidor estatutário desde 2013 e muito querido em todas as unidades onde trabalhou. A notícia causou comoção na comunidade escolar e, em virtude do acontecido, as aulas foram suspensas nesta sexta-feira (14), em todas as escolas citadas, exceto na Amaro Prata Tavares. A Smece deseja conforto e paz aos familiares e amigos”.

O incêndio e o encontro do corpo carbonizado foram registrados na 134ª Delegacia de Polícia (Centro). Até o início da noite, familiares do professor não haviam comparecido ao IML para a entrega do processo a ser apresentado ao Judiciário de plantão e posterior liberação para sepultamento.