Paulo Renato do Porto
21/09/2018 20:56 - Atualizado em 25/09/2018 17:40
O Americano faz neste sábado a mais importante partida dos últimos cinco anos, diante do Audax Rio, às 15h, no Estádio Antônio Ferreira de Medeiros, em Cardoso Moreira. Em jogo, a disputa do acesso à Série A do futebol do Rio. Jogando por dois resultados iguais nos dois confrontos das semifinais, a vantagem do Alvinegro é incontestável. Na primeira partida, o Glorioso venceu por 1 a 0; agora, mesmo com uma derrota neste sábado pela mesma diferença, a equipe de Josué Teixeira se classifica. Para sair de Cardoso com a vaga, o Audax precisa vencer por, no mínimo, dois gols de diferença.
A outra vaga será disputada entre América e Sampaio Correa, no Giulite Coutinho, neste sábado, às 15h. No primeiro jogo, o America venceu por 3 a 0, em Saquarema.
Depois de seis anos no purgatório da segundona, resultados de tropeços primários em algumas temporadas, o Americano sabe que não pode errar e se cerca de cuidados especiais para a decisão.
O técnico Josué Teixeira reconhece a necessidade de concentração total para evitar surpresa desagradável.
— Entramos em cada jogo como se estivéssemos disputando uma final. Sabemos do peso e da responsabilidade da partida e qualquer descuido pode ser fatal. Foi assim que chegamos até aqui. Em 34 jogos, vencemos 24, empatamos 7 e perdemos 6 — disse o comandante.
Time controlado por empresários sonha
O Audax vem embalado pela conquista da Taça Corcovado diante do Sampaio Corrêa, nos pênaltis. Criado pelo empresário Abilio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, o clube foi depois vendido para Mário Teixeira, um dos integrantes do conselho do Bradesco e dono do Grêmio Osasco, clube da segunda divisão em SP.
O Audax tem outro time em São Paulo. Quando pertencia à cadeia de supermercados, a equipe paulista consumia R$ 29 milhões dos R$ 41 milhões da verba anual do grupo na rubrica Responsabilidade Social.
Espécie de primo-rico da filial carioca, o Audax SP foi a grande sensação do futebol paulista em 2016. Com um estilo envolvente, a equipe derrubou os gigantes São Paulo e Corinthians antes de perder a final do Paulistão para o Santos. Este ano, o “primo-pobre” do Rio busca também fazer história.