O superintendente de Pesca e Aquicultura, José Armando Barreto, participa nesta sexta-feira de mais uma reunião para tratar da proposta de mudança do período do defeso do camarão no litoral Norte do Estado do Rio de Janeiro, para permitir a reprodução das espécies. Desta vez será na Colônia de Pescadores de Macaé, com diretores da unidade, profissionais da pesca local representantes do Núcleo de Biodiversidade do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Nubio/Ibama). Nos últimos meses, foram realizadas reuniões com o mesmo objetivo nas colônias de Campos (Farol de São Thomé), São João da Barra (SJB) e São Francisco de Itabapoana (SFI).

— Há tempos existe consenso de que o defeso do camarão em nossa região, decretado pelo Ibama, é realizado fora do período de pico de reprodução das espécies mais comuns por aqui. Em vez de março, abril e maio, deveria acontecer em dezembro, janeiro e fevereiro. Estudos de universidades já chegaram a essa constatação, mas até agora, nenhuma medida foi adotada para mudar essa situação. A ideia é aplicar aqui a resolução conseguida pelo estado do Espírito Santo, que conseguiu mudar o período em que os pescadores ficam sem capturar o crustáceo — observa José Armando.

A proposta é evitar a perda ocorrida quando se captura o camarão ainda pequeno, com peso médio de 1,5g, sem valor comercial. O crustáceo acaba descartado no mar, já morto, causando impacto negativo nos dois lados: o econômico e o ambiental. “As espécies da nossa região se reproduzem o ano todo, mas têm o período de pico, em que pretendemos suspender a captura”, acrescenta o adjunto.

Após a reunião desta sexta-feira em Macaé, a quinta será realiza com os pescadores de Quissamã, em data a ser marcada. “Queremos conversar com todos, esclarecer sobre o trabalho que estamos realizando”, disse. (A.N.)