Inadimplência cresce em Campos
14/09/2018 19:06 - Atualizado em 18/09/2018 13:44
O número de pessoas negativadas em Campos continua a crescer. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no último mês de agosto o aumento foi de 5% comparado com o mesmo período do ano passado. A maioria dos registros foi para compras no comércio. O volume de consumidores com contas em atraso voltou a subir também na maioria das capitais brasileiras. O aumentou no país foi de 3,63% novos inadimplentes na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito a partir das bases às quais as duas instituições têm acesso. Trata-se do 11º crescimento consecutivo na comparação anual da série histórica, apesar de a alta ser mais modesta do que nos meses de junho (4,07%) e julho (4,31%). Em número absoluto, estima-se que aproximadamente 62,9 milhões de brasileiros estejam com restrições ao CPF, enfrentando dificuldades para obter financiamentos ou realizar compras parceladas.
Se na comparação anual houve um aumento de brasileiros com contas atrasadas, na comparação mensal a inadimplência apresentou ligeira queda. Na passagem de julho para agosto, sem ajuste sazonal, diminuiu em -0,71% a quantidade de pessoas inadimplentes. É a segunda queda mensal seguida observada pelo SPC Brasil.
Na avaliação do diretor da CDL Campos, Nilton Miranda, o comércio é o mais prejudicado com essa inadimplência. “A economia da cidade fica prejudicada porque as pessoas com restrição não podem comprar. Se não compra, não movimenta a economia. A CDL vai lançar em novembro a campanha ‘Limpe o seu nome, recupere o seu crédito’, uma forma de incentivar as pessoas a procurar as lojas e negociar suas dívidas — informou ele.
Inadimplência cresce 10,52% no Sudeste; com 49% da população adulta com pendências financeiras. Norte é a região com maior proporção de inadimplentes. A análise do indicador por região mostra que a inadimplência avançou de forma generalizada. Apenas no Sudeste o aumento foi de 10,52% na quantidade de devedores. Em segundo lugar ficou a região Norte, com alta de 3,76%, seguida do Nordeste (3,22%), Sul (2,67%) e Centro-Oeste (1,87%). (J.R.) (A.N.)

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