Com risos e aplausos. Foi assim que terminou a exibição da comédia “Snatch — Porcos e Diamantes” (“Snatch”, 2000), do diretor Guy Ritchie, no Cineclube Goitacá, nessa quarta-feira (19). A sessão, que contou com debate após o filme, aconteceu na sala 507 do edifício Medical Center, no Centro de Campos. A apresentação foi da produtora cultural Luciana Portinho, que destacou que a obra é “violenta, mas engraçada o tempo todo”.
— É uma forma diferente de mostrar a violência. Acho Guy Ritchie um diretor fora de série e gosto muito deste filme. É muito interessante — comentou ela.
No debate pós-exibição, o advogado e publicitário Gustavo Oviedo, um dos organizadores do Cineclube, comentou que “Snatch — Porcos e Diamantes” lembra muito as direções do cineasta Quentin Tarantino.
— Ele deve muito a Tarantino, sem dúvida. O filme é parecido o tempo todo com obras do diretor americano.
Quem também comparou os dois cineastas foi o estudante de Ciências Sociais Gabriel Rabello.
— Tem muitas cenas que me lembram de obras de Tarantino, como “Pulp Fiction”. Este filme (“Snatch — Porcos e Diamantes”) com certeza é ótimo — relatou ele, que realiza um trabalho acadêmico sobre cineclubismo em Campos e conversou com os cineclubistas após a sessão.
Para o cineasta e crítico de cinema Felipe Fernandes, “o que deixa o filme engraçado é que todos os personagens são violentos, mas idiotas. Isso ajuda a quebrar a questão da violência”.
Oviedo complementou:
— Importante também é que a violência não é tão explícita. Por exemplo, quando acontece a cena em que um braço é cortado do corpo, não mostra explicitamente. Há apenas a imagem do braço já fora dele. Se o filme tivesse a violência muito explícita, não seria tão engraçado. (J.H.R.)