Dentro do Projeto Comunicação & Sociedade, a Pastoral da Comunicação da Diocese de Campos promove nesta segunda feira (10), às 19h, na Academia Campista de Letras a conferência “A Igreja Católica na Ditadura Militar no Brasil”, tema que será apresentado pelo Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz. A conferência tem entrada franca e faz parte do programa desenvolvido pela Diocese de Campos e voltado ao diálogo com a sociedade com tema de interesse geral.
— Começamos esse projeto em abril em Campos com a conferência “A morte social” apresentada pelo Bispo Auxiliar de Niterói, Dom Luiz Antônio Lopes Ricci. Ainda durante este ano tivemos encontros em Itaperuna e Italva. E gostaria de destacar a importância desses debates. E, por este ano, completar 50 anos do AI-5 destacamos essa presença profética da igreja na ditadura militar — destaca o Padre Max Barreto, da Pastoral da Comunicação.
O assessor da Diocese de Campos, Ricardo Gomes fala da perseguição e tortura aplicada a padres e bispos neste período da história do Brasil e de alguns fatos de relevância que aconteceram e do papel de Dom Paulo Evaristo, Cardeal Arcebispo de São Paulo, uma voz profética na defesa da liberdade que foi suprimida com o Ato Institucional 5 que fechou o Congresso Nacional, além de ter impedido a concessão de harbeas corpus a presos políticos.
— Foi um tempo que não existia liberdade de expressão. A imprensa e o cinema passaram a sofrer censura e destaco a prisão e tortura sofrida pelos dominicanos, que foram acusados de proteger o líder Carlos Marighela e isso acarretou a morte de Frei Tito de Alencar, que após sofrer tortura acabou cometendo suicídio na França. São muitos os fatos que envolveram a Igreja Católica nesse processo de ditadura que marcou a nossa história no período de 1964 a 1985 — enfatizou o assessor Ricardo Gomes. (A.N.)