Os candidatos à presidência da República também deram nessa quinta-feira a largada oficial à campanha. Sete deles participaram de uma sabatina promovida por um grupo de mulheres executivas, onde apresentaram propostas de governo. Daqueles que possuem maior destaque nas últimas pesquisas eleitorais, apenas Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu.
Estiveram presentes Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo), Marina Silva (Rede) e Vera Lúcia (PSTU).
Questionada sobre a desigualdade entre salários de homens e mulheres, Marina Silva disse que pretende criar condições de igualdade de oportunidades. “Com Educação de qualidade, segurança, inclusão produtiva, recursos para (mulheres) desenvolverem e assistência técnica (para) os seus próprios negócios”.
Ciro Gomes falou em universalizar o acesso às creches. “Quero assumir como tarefa a universalização da creche em tempo integral para todas as demandas que estão hoje mapeadas. Passam de 1 milhão e 700 mil as necessidades de vagas”.
Meirelles chamou atenção para o fato das mulheres trabalharem mais e ganharem menos em relação aos homens e afirmou que terá como política nomear, no mínimo, 30% de mulheres para todos os cargos de conselho das empresas estatais.
Geraldo Alckmin destacou que em primeiro lugar quer defender a vida das mulheres. “É inaceitável a violência que ocorre contra as mulheres. São Paulo foi o primeiro estado do Brasil a instituir a delegacia de defesa da mulher”.
Amoêdo disse que, se eleito, também fará investimentos em creches. “Apenas 30% de crianças de zero a três anos estão em creches e o plano nacional de educação diz que chegaria a 50% só em 2024. A gente precisa dobrar isso”.
Álvaro Dias falou que o país precisa adotar uma pauta para que a mulher exerça “protagonismo” na economia e na política. O candidato do Podemos disse que, se eleito, convidará uma mulher para assumir a Secretaria Nacional de Política para Mulheres.
Por fim, Vera Lúcia afirmou ser impossível resolver o problema da opressão e exploração da humanidade e opressão enquanto houve uma pessoa oprimida no mundo.
Vice na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad (PT) não foi no evento sobre as mulheres, mas participou do ciclo de entrevistas “Diálogos da Educação Já” e afirmou que, se for eleito, irá priorizar ensino médio e reformar o Enem.
Também ausente na sabatina sobre direitos das mulheres, Guilherme Boulos (Psol) foi entrevistado pela TV Record e afirmou que, caso eleito, concederá perdão de pena a Lula. (A.N.) (A.S.)