O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou, nesta quinta-feira, em Salvador, que a Polícia Civil do Rio recusou a oferta para que a Polícia Federal (PF) assumisse a investigação da morte da vereadora Marielle Franco (Psol). Cinco meses após o crime, os autores ou mandantes ainda não foram identificados.
Jungmann havia colocado a PF à disposição para assumir as investigações. A oferta foi feita no domingo (12). Na ocasião, o presidente Michel Temer autorizou que a PF atuasse no caso.
“A resposta que eu obtive (da polícia do RJ) foi que não era necessário, que eles davam conta. Então, apesar de oferecer a Polícia Federal, que é uma das melhores polícias do mundo em investigação, houve um entendimento do Rio de Janeiro que não era necessário, então nós estamos fora do caso Marielle”, disse o ministro.
A vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados em um atentado, em 14 de março deste ano. Nesta quinta-feira, o crime completou 155 dias e é tratado como sigiloso pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio.
A Anistia Internacional entregou, na última terça-feira, ofício à Secretaria de Segurança do Rio exigindo resposta das autoridades. Segundo a instituição, o objetivo do documento é cobrar uma ação preventiva, às vésperas do período eleitoral, para que a investigação continue.
Embora um vereador, um policial e um ex-policial tenham sido investigados, os autores ainda não foram identificados. (S.M.) (A.N.)