Delator cita repasses ilegais a Pezão, Picciani e Paulo Mello
15/08/2018 22:19 - Atualizado em 16/08/2018 16:36
O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior prestou depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, afirmou que repassou dinheiro ilícito para o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani; do seu antecessor no cargo, Paulo Mello; e do governador Luiz Fernando Pezão, todos do MDB.
De acordo com Benedicto, ele pagou R$ 9 milhões de propina Picciani e, a pedido do ex-governador Sérgio Cabral, também relatou que a campanha de Pezão em 2014 teria recebido R$ 23 milhões de caixa dois. Benedicto falou também que parte do recurso, 1 milhão de euros, foi paga no exterior e que o restante, R$ 20 milhões, no Brasil.
A declaração do executivo foi feita a Bretas, em depoimento da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato fluminense. Benedicto já tinha dito anteriormente que houve pagamentos a campanhas políticas do MDB do Rio num total de mais de R$ 5 milhões.
No depoimento desta quarta-feira, o delator também falou sobre pagamentos de propina de R$ 900 mil para o antecessor de Picciani à frente da Casa, Paulo Mello, outro deputado do MDB preso na Cadeia Velha.
Até o fechamento desta edição, as defesas dos três citados não haviam comentado as denúncias. (S.M.) (A.N.)

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