Aldir Sales
02/08/2018 21:06 - Atualizado em 07/08/2018 18:55
A temporada de convenções partidárias termina no próximo domingo e a corrida eleitoral continua pegando fogo nos bastidores. Nas movimentações para o Governo do Estado, o Partido da República (PR) chegou a ensaiar uma candidatura própria com o deputado Marcelo Delaroli, mas depois namorou com o candidato Eduardo Paes (DEM) e, agora, o presidente do diretório estadual da legenda, o deputado federal Altineu Côrtes, não nega que existe um diálogo com o antigo mandachuva do partido, o ex-governador e pré-candidato Anthony Garotinho (PRP). Além disso, o grupo do ex-governador também aguarda uma definição do Pros, que pode deixar Clarissa Garotinho fora da disputa pela reeleição à Câmara Federal.
— O partido ouviu todo mundo, inclusive o Garotinho. Esse apoio vai ser definido amanhã (hoje). A nossa convenção acontece no domingo, mas amanhã (hoje) a gente vai ter uma decisão sobre isso — afirmou Altineu, em contato com o blog do jornalista Arnaldo Neto, hospedado no Folha1.
Na última quarta-feira, a jornalista Suzy Monteiro informou no blog Na Curva do Rio que depois de sair do PR em janeiro, dizendo “cobras e lagartos”, Garotinho ensaiava uma reaproximação, segundo blogs garotistas.
No diálogo com Garotinho, assim como com Eduardo Paes, o PR tem pleiteado indicar o vice-governador, que seria Delaroli. “A gente tem ouvido a proposta de todo mundo. O partido tem bastante gente. Eu estou na presidência, mas não decido nada sozinho. Ouço os companheiros e eles estão realmente divididos. Amanhã (hoje) nós vamos estar fazendo essa reunião e vamos bater o martelo porque já chegou a hora”, afirmou Côrtes.
No cartel de pré-candidatos do PR está o presidente da Câmara de Campos, Marcão Gomes. Uma aliança por cima poderia fazer tremer o tabuleiro político também na planície goitacá, já que o vereador é rival de Garotinho no cenário campista.
Enquanto isso, a indefinição de um possível desembarque do Pros continua na pauta dos bastidores da pré-campanha de Garotinho. O partido, presidido no Rio de Janeiro pelo deputado Felipe Bornier, acenou caminhar junto com o político da Lapa, mas nos últimos dias as informações dão conta de que o clima azedou entre as duas partes. O nome de Clarissa não foi entregue junto com os demais candidatos do partido à Justiça Eleitoral, o que coloca em dúvida uma possível candidatura da filha do casal Garotinho.
Desde então, a lei do silêncio é que impera tanto para Bornier, como para Garotinho e Clarissa, que não comentam o assunto.