O projeto de Monitoramento da Pesca do Porto do Açu completou um ano e já começa a reunir dados sobre a atividade pesqueira em São João da Barra, Campos e São Francisco de Itabapoana. Ao longo dos 12 meses de coleta de informações, um total de 580 barcos motorizados foram contabilizados na região e 8.824 desembarques pesqueiros foram registrados. O estudo inclui as colônias de pesca que abrangem a área de Atafona e Farol de São Tomé, além de Gargaú, Guaxindiba e Barra do Itabapoana. Entre os mais de trinta recursos identificados na pesca regional os de maior incidência são peroás, camarões e xereletes, representando mais de 50% das capturas. E entre as principais artes de pesca estão arrasto, emalhar, parelha e puçar.
O projeto, desenvolvido de maneira voluntária e com o apoio da Braço Social Consultoria, tem o objetivo de levantar dados sobre produtividade, número e fluxo de embarcações pesqueiras e cadeia produtiva, além de aumentar a compreensão sobre a dinâmica do setor.
Para o gerente de Responsabilidade Social da Porto do Açu, Caio Cunha, o projeto será fundamental para o alinhamento das ações do Porto, do poder público e da própria comunidade pesqueira: “Estamos muito satisfeitos com o resultado de um ano de estudo e temos atingido um balanço cada vez mais sólido graças à contribuição da comunidade pesqueira. Com estes dados, conseguiremos compreender a socioeconomia da pesca local, o funcionamento da atividade como um todo, as dinâmicas de interação com a atividade portuária e a influência que a pesca exerce sobre o Norte Fluminense”.
Os integrantes das colônias de pesca receberam, desde o início do projeto, cinco devolutivas referentes às diferentes fases do projeto. Até a conclusão dos estudos, no início de 2019, mais um balanço deve ser apresentado à comunidade pesqueira. (A.N.)