Uma área de vegetação situada à margem esquerda do canal da Cehab, no distrito de Atafona, e as lagoas de Grussaí e Taí passaram por avaliação, nessa quinta-feira (9), do grau de conservação e formas sustentáveis. As visitas aos locais, que poderão ser transformados em Unidades de Conservação Municipal, foi realizada pelo superintendente de Biodiversidade e Floresta da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Fernando Matias, e pela secretária municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Joice Pedra.
“São João da Barra ainda não possui Unidade de Conservação Municipal, por isso, foi importante esse encontro para nos orientar, apoiar e proporcionar todo suporte necessário de implantação”, destacou Joice, detalhando que a criação das unidades contribui para a sustentabilidade e a qualidade de vida das populações locais, havendo ainda a possibilidade de aumento dos recursos provenientes do ICMS Ecológico, que será utilizado para manter essas unidades.
Em sua segunda visita ao município com essa finalidade, Fernando Matias fez uma incursão de barco mais focada no interior das lagoas, com as equipes da Defesa Civil e técnicos da secretaria municipal de Meio Ambiente e da secretaria de Pesca. A avaliação do grau de conservação e os tipos de uso que são feitos nesses ambientes, segundo ele, auxiliarão na tomada de decisão sobre categoria e as formas de proteção, sustentabilidade e ações que o município pode desenvolver para garantia da continuidade desse uso.
– Fiquei muito impressionado com o que vi aqui. As lagoas ainda apresentam um grau de conservação grande e o recurso pesqueiro é muito acessado pelos moradores. Nossa missão agora é identificar a melhor forma, em que categorias e qual o melhor artifício legal para dotarmos o município de instrumento de gestão territorial dessa rica diversidade e toda essa beleza natural que existe nessas áreas – completou Fernando.
Entre os benefícios que poderão surgir com a criação das Unidades de Conservação Municipal estão: área protegida legalmente; garantia de que nenhum impacto ambiental venha ser causado nessas áreas ao longo do tempo; acesso a visitação; prática de esportes náuticos; estrutura para passeio; atrativo turístico; base de pesquisa para estudantes e uso sustentável da área.
Os estudos serão realizados de uma maneira que não causem impacto, ou o mínimo possível, sobre as propriedades particulares. “Essa questão fundiária a gente trabalha sempre com a minimização dos conflitos de terra e com o cidadão, bem como minimizando os conflitos ocasionados entre o uso tradicional de pesca e a gestão Pública”, finalizou Matias, ponderando que o desejo é que o pescador e o morador sejam parceiros de preservação das paisagens e da riqueza natural do município. (A.N.)