Sindipetro-NF realiza trancaço em unidade administrativa da Petrobras em Macaé
31/08/2018 12:50 - Atualizado em 01/09/2018 14:07
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Membros do Sindipetro-NF realizaram um protesto, na manhã desta sexta-feira (31), em frente ao Edifício Novo Cavaleiros (Edinc), uma das unidades administrativas da Petrobras em Macaé, que fica localizada no bairro Granja dos Cavaleiros. Eles fizeram um bloqueio sindical ao prédio. A ação, que aconteceu pelo Dia Nacional da Luta contra o Plano de Carreira e Remuneração (PCR), durou cerca de duas horas, e as atividades ficaram paralisadas. O protesto se uniu ao café da manhã que também estava programado na campanha contra o assédio moral e o assédio sexual que a entidade realiza nesta semana.
Os manifestantes alegaram que os trabalhadores estão sofrendo com a retirada de direitos trabalhistas, além de estarem sendo alvos de discriminações, assédio moral e até sexual por parte dos chefes de setores da empresa. Eles levaram faixas e carro de som para mostrarem a insatisfação. A diretora do sindicato, Conceição de Maria, destacou que a maioria das vítimas são as trabalhadoras do setor petróleo privado, o que mostra que o assédio é muito relacionado às relações de poder. "O chefe tem o crachá verde da Petrobras e acha que pode fazer o que quer", disse.
Tezeu Bezerra, coordenador geral do Sindipetro-NF, afirmou que o problema foi gerado através da política. "Às vezes as pessoas reclamam porque falamos de política, mas a política é a causa dos problemas que enfrentamos e é na política que vamos lutar para resolver. Isso está acontecendo [os assédios, os cortes de direitos] por causa da política. Há um desequilíbrio entre capital e trabalho no Brasil. No Congresso Nacional, 80% são empresários", afirmou.
Durante o ato, o grupo também criticou o Plano de Carreira e Remuneração (PCR), afirmando que ele é inconstitucional, representa a retirada dos direitos dos trabalhadores e, assim, pode trazer prejuízos graves. Um papel com a lista dos supostos danos que seriam causados aos direitos dos trabalhadores foi distribuída durante o protesto.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação e informou que não houve registros de crimes durante o ato. Cerca de 100 pessoas, incluindo membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), participaram do acontecimento. O trânsito de veículos não foi prejudicado.
A equipe de reportagem da Folha da Manhã entrou em contato com a assessoria da Petrobras e aguarda resposta. (J.L.) (A.N.)

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