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Enquanto às autoridades de saúde de Campos ressaltam a importância da população continuar em alerta para evitar a proliferação dos focos do Aedes aegypti, cidadãos seguem dando exemplos de falta de educação. Uma área localizada no final da avenida Francisco Lamego, no Parque Prazeres, em Guarus, à margem esquerda do rio Paraíba do Sul, virou depósito de lixo. Moradores do bairro reconhecem que a “Prefeitura limpa e as pessoas vão lá horas depois e jogam lixo de novo”.

Diante da situação, uma faixa foi colocada pela população local, pedindo para que as pessoas não utilizassem o espaço para o despejo de lixo e entulho. O número (22) 98175-0207 está colocado como disque-denúncia. Porém, nada disso inibe a ação dos cidadãos. O aposentado Cremilson de Abreu é morador do Parque Prazeres há mais de 50 anos. Segundo ele, a Prefeitura sempre limpa o local, mas as pessoas sujam em seguida.

— Eu fico impressionado como as pessoas não respeitam o espaço público. A Prefeitura sempre limpa ali, mas, horas depois, jogam lixo no mesmo lugar. Até um disque-denúncia tem ali, mas as pessoas não respeitam. Quando o vento bate, o mau cheiro fica insuportável — ressaltou.

A quantidade de lixo é tão grande que invade uma parte da avenida Francisco Lamego. Com isso, motoristas utilizam a contramão por um pequeno trecho, aumentando o risco de acidente. “Até um pedaço da estrada ficou impraticável porque o lixo tomou conta. Motoristas precisam passar pela contramão de tanto lixo espalhado”, disse o aposentado.

Em nota, a superintendência de Limpeza Pública informou que “uma equipe de fiscalização irá ao local ainda esta semana. A concessionária responsável pela limpeza esteve no bairro há aproximadamente, 20 dias. A Prefeitura orienta que denúncias sobre o descarte irregular de lixo ou de entulhos, tanto nos espaços públicos quanto em terrenos baldios, sejam feitas através do telefone (22) 98175-1882”.

Situação de epidemia - A Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou, nesta semana, que o mais recente Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) diminuiu para 3,7. No final de maio, o índice foi 6,1, muito acima do esperado pelo órgão. Mesmo com a redução, a Vigilância ressalta que a população deve continuar em alerta. Desde o início de julho, em Campos, está decretada emergência devido à situação de epidemia para chikungunya, assim como aconteceu em outras cidades do Estado do Rio de Janeiro.