Matheus Berriel
20/08/2018 20:47 - Atualizado em 21/08/2018 13:20
Os agentes comunitários de saúde da Prefeitura de Campos seguem em greve. Pelo menos 60% dos 250 profissionais da área estão parados desde a última quarta-feira (15). Entre as reivindicações, estão equipamentos de proteção individual (EPI’s) e melhorias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). A Prefeitura alega que algumas solicitações estão em andamento, mas não se posiciona a respeito da denúncia de desvio de função feita pelo presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Sinacs), Francisco Vilela.
Como mobilização, o movimento grevista tem percorrido bairros de Campos tirando fotos com cartazes ao lado de populares que apoiam a greve. As imagens têm sido compartilhadas em publicações em rede social. “A greve continua a todo o vapor. Bom que as coisas começaram a chegar. Tomara que a gestão saiba que EPI não se resume em protetor solar”, diz a legenda de uma das postagens da página Servidores Municipais de Campos.
De acordo com o presidente do Sinacs, Francisco Vilela, a categoria reivindica uma série de pontos. “Tem a questão da insalubridade porque há alguns trabalhadores que não recebem, e desvio de função, como, por exemplo, digitação, trabalho com arquivo, prestar trabalho burocrático para o administrador da unidade, entre outras tarefas que eles falam que o agente deve fazer, senão vai levar falta, vai ser transferido. Há coação”, disse.
A última informação passada pelo presidente do Sindicat era de que não havia previsão para o fim da greve. “A assembleia é que vai decidir como vai ser feito. Primeiro, estamos esperando uma contrapartida da gestão”, disse anteriormente. A data da assembleia provavelmente será divulgada ao longo desta semana.
Em nota, a secretaria de Saúde alegou que tem se reunido com representantes do sindicato. Segundo a nota, “a licitação para aquisição de nova remessa de EPI está bem próxima de ser concluída”. A Prefeitura diz que já cumpre “o pagamento do adicional de insalubridade, como consta especificado em contracheque”, e que “tem sido prioritário, também, o pagamento rigorosamente em dia dos servidores”.