A Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou, nesta semana, que o mais recente Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) diminuiu para 3,7. No final de maio, o índice foi 6,1, muito acima do esperado pelo órgão. Mesmo com a redução, a Vigilância ressalta que a população deve continuar em alerta. Desde o início de julho, em Campos, está decretada emergência devido à situação de epidemia para chikungunya, assim como aconteceu em outras cidades do Estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, estão confirmados 4.475 casos de chikungunya, 116 casos de dengue e nenhum caso de zika em 2018. A diretora da Vigilância em Saúde, Andreya Moreira, reforça que a população deve continuar fazendo a sua parte para reduzir o número de novos casos da doença.
— Nosso resultado tem melhorado devido às ações rápidas, eficientes e conjuntas da Vigilância por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e das superintendências de Limpeza Pública e de Postura e com a ajuda imprescindível da população. Precisamos que todos continuem fazendo a sua parte, separando 10 minutos por semana para revistar seus quintais, vasos de plantas e lavar os recipientes de águas de animais, porque a maioria dos focos ainda tem sido encontrada nas residências. É fundamental que a população continue recebendo os agentes em suas casas nos mutirões — ressaltou.
O novo LIRAa aponta que ainda existem bairros e localidades onde o índice de infestação continua alto, como Ponta da Lama, Campo Limpo, Parque Dom Bosco, Vila Manhães, Parque Califórnia, Parque Boa Vista, Parque São Silvestre, Caju, São José e Imperial.
Desde o anúncio da epidemia no município, a Vigilância em Saúde acionou os representantes do Comitê de Arboviroses para traçar estratégias urgentes de combate ao mosquito. Foram realizados mutirões integrados, limpeza de terrenos baldios, aumento do número de testes laboratoriais na rede para atender mais rapidamente a população e à descentralização no atendimento primário aos pacientes também nas unidades básicas de saúde e hospitais. O Centro de Referência de Doenças Infecciosas (CRDI) também funcionou aos sábados, para atender a grande demanda.
O primeiro mutirão integrado para somar ao trabalho diário já realizado pelas equipes aconteceu em 18 de maio, quando os números da doença começaram a aumentar no município. Na primeira fase, foram realizados 10 mutirões pelos agentes do CCZ, percorridos 41 bairros, visitados cerca de 30 mil imóveis e encontradas mais de 22 mil casas fechadas. Uma segunda fase de mutirões, com equipes especiais em ação aos sábados e domingos, também foi iniciada no final de julho. Um novo cronograma está sendo traçado pelo CCZ para as próximas semanas. (A.N.)