Após aceitar a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que prevê a manutenção de todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017/2018, os 36 sindicatos e as duas federações que representam a categoria dos empregados dos Correios decidiram não entrar em greve. Com o aceite da proposta, será a primeira vez, em mais 20 anos, que a estatal não enfrentará uma paralisação.
Conforme a proposta, no ACT 2018/2019 serão mantidas as cláusulas do instrumento de 2017/2018 e haverá reajuste salarial de 3,68%, correspondente à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre as duas datas-base.
A única ressalva do acordo diz respeito ao plano de saúde dos funcionários, que ainda está em discussão. A divergência entre os trabalhadores e a empresa é em função do novo modelo do plano. Antes, os empregados não pagavam pelo benefício e, agora, passaram a custear parte dele. A categoria pleiteia, junto ao TST, a revogação do modelo de participação. O processo ainda está em análise pelo tribunal.
Estado de greve — Nos meses de junho e julho de 2018, representantes dos Correios e dos sindicatos dos trabalhadores realizaram 15 reuniões para discutir as cláusulas do acordo coletivo da categoria e deflagraram um estado de greve da categoria. Após a rejeição em assembleias da proposta feita pela empresa aos trabalhadores, os Correios ingressaram com pedido de mediação junto ao Tribunal Superior do Trabalho.
Segundo os Correios, todas as agências do país funcionam normalmente nos últimos dias, com a prestação de todos os serviços, inclusive o de entrega de novas encomendas. (A.N.)