Jonatha Lilargem
14/08/2018 09:44 - Atualizado em 15/08/2018 13:29
Um estudante de 20 anos foi assaltado por volta das 20h dessa segunda-feira (13), em frente ao Instituto Federal Fluminense (IFF), no Parque Dom Bosco, em Campos. Ele foi rendido por dois jovens, de 18 e 20 anos, além de um adolescente, de 17, e teve o celular roubado. Os três foram detidos em frente a um supermercado localizado na avenida 28 de Março, no Turfe Clube. Devido a crimes recorrentes na região da instituição de ensino, a direção do IFF iniciará, na segunda quinzena de agosto, o transporte de alunos para alguns pontos da cidade.
Uma equipe da Polícia Militar fazia patrulhamento pela região no momento em que recebeu a informação do roubo. Os policiais fizeram buscas e encontraram os assaltantes na frente de um supermercado. O trio foi revistado e, com um deles, os militares encontraram o aparelho eletrônico roubado. Eles assumiram ter cometido o crime.
A ocorrência foi registrada na 134ª Delegacia de Polícia (Centro), mesmo local onde o estudante reconheceu os três envolvidos. O celular foi devolvido ao jovem.
Em nota, o comando do 8° Batalhão de Polícia Militar (BPM) informou que “o batalhão realiza patrulhamento dinâmico atendendo ocorrências a partir do 190 e, também, o patrulhamento ostensivo em locais onde a mancha criminal é mais acentuada. A Polícia Militar solicita que denúncias sejam feitas através do telefone 190 ou Disque-Denúncia 2723-1177. Vale ressaltar que registros em delegacia são de extrema importância, pois ajudam na confecção da mancha criminal. Denúncias também podem ser feitas nos batalhões”.
Buscando mais segurança, a direção do instituto e representantes de outras escolas participaram de uma reunião no mês passado, na sede do 8º BPM, para tratar da questão da segurança ao redor das instituições. A assessoria de imprensa do IFF informou que a instituição tem um projeto de transferir a entrada e saída dos estudantes para a avenida 28 de Março, já que há mais movimentação. Caso seja colocada em prática, a ideia é de que esse portão fique perto de um ponto de ônibus.
A instituição informou, ainda, que o comando do 8º BPM tem sido convidado para dar palestras na instituição, com dicas de segurança para que os alunos consigam se prevenir dos assaltos.
Transporte para garantir segurança — De acordo com a assessoria de imprensa do IFF, será realizado, a partir da segunda quinzena do mês de agosto, o transporte de estudantes com um micro-ônibus da instituição. A ideia é garantir a segurança na entrada e na saída dos alunos, principalmente do turno da noite.
O micro-ônibus seguirá a seguinte rota: após sair do campus, o veículo passará no ponto de ônibus localizado em frente à Cidade da Criança, na avenida 28 de Março, onde deixará e buscará estudantes. Em seguida, o carro se destinará à rodoviária Roberto Silveira; ao terminal Luiz Carlos Prestes, na avenida XV de Novembro; e retornará à instituição. A previsão inicial é de que sejam feitas três viagens por dia, entre 17h30 e 22h40.
O veículo tem capacidade para 26 passageiros. Por lei, não é permitido o transporte de passageiros em pé. Devido à determinação legal, a direção do IFF irá definir, nos próximos dias, como será realizado o serviço, que passará por avaliações a cada seis meses.
Segurança após assassinato — A segurança da região em que fica localizado o campus Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF) é alvo de constante debate, principalmente depois do assassinato de um estudante, em 2014. Deison Wallace Peres da Hora, de 18 anos, foi morto a tiros, na noite de uma sexta-feira, após reagir a um assalto nos arredores da instituição.
A vítima estava no ponto de ônibus da avenida 28 de Março, quando dois homens anunciaram o assalto. Deison falava ao telefone na hora da ação. Enquanto outros estudantes correram em direção a outra instituição, o rapaz tentou fugir para o lado oposto e foi atingido por tiros nas costas e no peito. Ele morreu no local.
Na época, alunos, professores e o então diretor do campus, Jefferson Azevedo, relataram a insuficiência de policiamento na área, alegando que os assaltos haviam virado prática comum no local.