Verônica Nascimento
07/08/2018 15:52 - Atualizado em 08/08/2018 16:11
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e o sarampo, aberta em todo o país nesta segunda-feira (6), foi iniciada em Campos nesta terça (7), em função do feriado municipal do padroeiro Santíssimo Salvador, no dia anterior. O frio e a chuva não desaminaram os pais de crianças de um ano a menores de 5 (quatro anos, 11 meses e 29 dias). Já pela manhã, o movimento era intenso no setor de epidemiologia da secretaria de Saúde e no Centro de Referência da Criança e do Adolescente (CRTCA II), mas boa parte do atendimento também foi de rotina, com pais levando filhos para a atualização do cartão de vacina.
No município, são 42 polos de vacinação e a meta, estipulada pelo Ministério da Saúde, é vacinar, no mínimo, 95% do público alvo durante a campanha, que segue até 31 de agosto e terá o Dia D no próximo dia 18, um sábado, das 9h às 16h. O Brasil tem o compromisso de manter a erradicação da pólio e eliminar o sarampo. A orientação é que os pais não tragam os filhos da faixa etária fora do público da campanha, com menos de um ano ou mais de cinco, a não ser para colocar em dia o cartão de vacina e para vacinação de rotina – explicou a enfermeira do CRTCA II, Lorena Viana Vieira.
Campanha de Vacinação com movimento intenso
Campanha de Vacinação com movimento intenso
Campanha de Vacinação com movimento intenso
Campanha de Vacinação com movimento intenso
Conforme a enfermeira, é importante a apresentação, juntamente com o cartão de vacinação, do cartão de saúde da criança. Durante a campanha, as crianças que ainda não têm o cartão, devem ser levadas para a imunização contra a pólio e o sarampo na sede da secretaria de Saúde, na rua Voluntários da Pátria com Gil de Góes. Outra indicação de vacinação na secretaria de Saúde é para crianças com restrições, como as que têm alergia a ovo ou que já apresentaram alguma reação às vacinas. Elas devem ser vacinadas no Centro de Referência de Imunobiológicos Especais (Crie).
Oséias Alves, morador do Jóquei, levou o filho Luís Miguel, que este mês completa 2 anos, ao CRTCA. O menino aprovou o gosto da gotinha que protege contra a poliomielite, mas chorou com a agulhada que previne do sarampo. “Chora agora, mas fica protegido de doenças e com saúde. É uma campanha muito importante”, disse Oséias.
Na porta da sala onde Luís Miguel era imunizado, Deisiany Nascimento dos Santos aguardava a vez da filha Maya, de 2 anos. “Vacinação é fundamental para a saúde das crianças e, desde que Maya nasceu, mantenho a caderneta de vacinação dela rigorosamente em dia e ela sempre participando das campanhas de vacinação. Vacinar é proteger”, destacou a moradora do Parque Tropical.
A campanha nacional de vacinação objetiva manter o bloqueio das doenças. O Brasil, que não tem casos de pólio desde 1990, recebeu certificação de área livre de circulação do vírus em 1994. “A pólio ainda é endêmica no Afeganistão, Nigéria e Paquistão, e o sarampo em vários países. Por isso é importante as campanhas para evitar a reintrodução do vírus, por pessoas que viajam e transmitem a doença, e impedir a criação de bolsões de não vacinados”, concluiu a enfermeira que, nesta terça-feira, era responsável pela vacinação no CRTCA II.