O Americano já conta com um fundo de investimentos para financiar as despesas do futebol por um prazo de dois anos, através de um grupo de seis empresários de Campos. A parceria com os investidores já foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube, faltando apenas a formatação jurídica cujos estudos apontam inclusive para a constituição de uma empresa.

Cada cota foi estipulada em R$ 10 mil por mês perfazendo um total de R$ 120 mil por ano. Como contrapartida, esses mesmos investidores terão uma participação de um percentual em eventuais transferências de jogadores.

— Foi uma alternativa que buscamos para equacionar uma situação de emergência, num momento em que nossas despesas para manter o futebol estão além das receitas que temos. Inclusive vários desses investidores já creditaram os recursos referentes às suas cotas — disse o presidente Carlos Abreu.

Abreu admite que essa fonte emergencial de recursos é necessária, mas o Americano projeta para o próximo ano uma melhor situação em suas finanças.

— Nosso projeto é subir à Série A este ano. Com o acesso, vamos ter direito a uma verba da TV que irá nos permitir um certo alívio financeiro. Sem contar os planos que temos em vencer esta Copa Rio e conquistar o direito a disputar a Copa do Brasil, onde somente no primeiro jogo o clube que dela participa já tem direito a receber mais de R$ 500 mil de cota— explicou.

Carlos Abreu também projeta que, a partir dessas pretensas conquistas e as participações nas competições estaduais e nacionais de maior porte, o clube terá ainda maior visibilidade e irá somar outros patrocinadores em seu portfólio.

As despesas do clube com o futebol se aproximam de R$ 120 mil mensais, mas as receitas atuais não chegam a R$ 60 mil com os atuais patrocinadores.

Abreu confirma que as investidas do Americano junto a empresas chinesas que investem no porto do Açu estão de pé.

— São propostas e negociações que estão em andamento, mas que deverão demorar um pouco mais. Estamos precisando de caixa para uma solução emergência — concluiu.