Jane Ribeiro
28/08/2018 20:01 - Atualizado em 30/08/2018 15:41
Os bancários partem nesta quarta-feira para mais uma assembleia, às 19h, no Sindicato dos Bancários. A categoria está em negociação com os banqueiros desde junho e irá discutir a última proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na 10º rodada de negociação, no último sábado. Os bancários conseguiram arrancar dos bancos uma proposta de acordo com aumento real e manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho, garantindo a unidade nacional da categoria. O Comando Nacional orienta a aprovação da proposta.
A proposta final apresentada pela Fenaban garante ainda o reajuste de salarial de 5% (aumento real de 1,18% sobre uma inflação do INPC projetada em 3,78%) e garantia de manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), válida para os empregados de bancos públicos e privados do Brasil. Se aprovada, a primeira parcela da PLR será paga em 20 de setembro.
A proposta prevê, ainda, acordo com validade de dois anos. Assim, ficariam garantidas, até 2020, a manutenção de todos os direitos e a reposição total da inflação (INPC), mais 1% de aumento real para salários e demais verbas em 1º de setembro de 2019.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Rafanele Alves Pereira, informou que foram dez rodadas de negociação em que a Fenaban ou não apresentava nada ou apresentou propostas inaceitáveis. Temos recomendação para aceitarmos a proposta, mas somente a categoria decide.
— A assembleia vai decidir. Essa tem sido uma campanha muito difícil, mas seguimos na luta. A categoria está unida — informou Rafanele.
Protesto — No último dia 10 de agosto, o sindicato realizou em todas as agências um protesto retardando a abertura de oito das maiores agências da cidade. A atividade contou com colagem de cartazes e mobilização da categoria. As agências só foram abertas após o meio-dia. Houve também ato público pelo Dia do Basta no Pelourinho, no calçadão do Centro, com a participação de representantes dos urbanitários, petroleiros, metalúrgicos, além de militantes do movimento estudantil.