O governador Luiz Fernando Pezão afirmou que não há diálogo entre os Poderes. Ele criticou a decisão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que derrubou o veto e garantiu o reajuste de 5% sobre os salários dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Defensoria Pública. Ao confirmar o aumento destas categorias, a Alerj colocou em xeque o socorro financeiro da União ao Rio, uma vez que o Regime de Recuperação Fiscal, que permite ao estado suspender por três anos o pagamento de R$ 30 bilhões em dívidas com a União, veda a concessão de aumentos na folha.
— Este é o grande problema do país: a falta de diálogo. Os Executivos deste país não conseguem ter diálogo com outros Poderes para mostrar a crise que se vive dentro da Previdência pública. É humanamente impossível que, a quatro meses de terminar o mandato, você ir para dentro do parlamento e dar aumento dos Poderes. Desequilibra totalmente. Não estava na nossa previsão — afirmou o governador.
Só para a Previdência estadual, o impacto do aumento de 5% será de R$ 77 milhões anuais. Pezão voltou a afirmar que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a situação.
— O governante, eu particularmente, me considero um razoável para menos gerente de RH. Fico cuidando de 440 mil pessoas enquanto tenho 16 milhões de pessoas que querem mais estrada, saúde e educação — disse. (A.N.)