Começou nesta sexta-feira (24), e prossegue até domingo, a Festa Literária de Santa Maria Madalena (Flim), que na edição deste ano homenageia poeta, compositor e romancista Nei Lopes, autor de sambas famosos como “Senhora Liberdade” e “Gostoso Veneno”. Referência nacional como pesquisador da história e da cultura afro-brasileira, o homenageado da nona edição da Flim tem mais de 30 livros publicados e 300 canções gravadas. E o próprio Nei Lopes participará de um bate-papo hoje, às 10h, com os alunos de escolas, pais e professores. Já às 19h, o encontro é com o público em geral.
Diversos escritores, historiadores e artistas de Nova Friburgo, Cantagalo, Macaé e Campos estão incluídos na programação da Flim, dentro do chamado “Corredor Cultural” — iniciativa que visa estreitar as trocas culturais entre os municípios do Centro-Norte fluminense.
A extensa e variada programação inclui shows, mesas-redondas, bate-papos com escritores, contações de histórias, vídeos, performances, desfiles e exposições para públicos de todas as idades. Com a escolha de Nei Lopes como homenageado, a Flim dá especial atenção às raízes negras da cultura brasileira, com várias palestras e exibições relacionadas ao tema.
Uma das atrações mais originais da Flim 2018 será a palestra/desfile “Moda, Ciência e Estamparia”, também hoje, às 15h. Alicia Ivanissevitch, jornalista especializada em Ciência & Tecnologia (durante anos escreveu para a revista Ciência Hoje), vai contar como utiliza esse conhecimento para criar estampas inspiradas em descobertas e realizações científicas. Imagens de células, cromossomos, dinossauros, átomos e planetas são colocadas em tecidos e acessórios comercializados pela grife Alicita. Durante a palestra, moças madalenenses vão desfilar as criações de Alicia, que também estarão à venda na feira de artes e livros da Flim.
Também hoje, o palhaço Ribeirinho traz da Amazônia a sua Barca das Letras e aporta na praça Frouthé, para reencontrar os muitos amigos que fez em outras edições da Flim. Amanhã de manhã a vez é da Palhaçaria — uma animada trupe de Macaé, formada por voluntários do projeto terapêutico “Rir Para não Chorar”, que visita hospitais para alegrar e ajudar a curar os doentes com suas palhaçadas. Na Flim, eles vão comandar um desfile que sairá às 10h da praça Frouthé para a praça Coronel Braz – onde outra atração estará aguardando o público: a contadora Mariana Muller, também de Macaé, conhecida pela maneira como usa e abusa de figurinos, fantoches e sons de instrumentos musicais para interagir com o público infantil.
A Flim, criada em 2010, é um dos mais prestigiados eventos literários fluminenses e a segunda maior fonte de atração turística para Santa Maria Madalena, perdendo apenas para o Carnaval. Criada em 2010 e formatada para atender aos modernos parâmetros da sustentabilidade, é uma realização da Associação Pró-Cultura de Santa Maria Madalena, em parceria com a Prefeitura Municipal e o comércio local. (A.N.)