Ponto Final - Dodge firma posição
28/07/2018 09:39 - Atualizado em 03/08/2018 14:25
Dodge firma posição
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, esteve reunida com procuradores regionais eleitorais, ontem, e começou a fechar o cerco para os políticos considerados ficha suja. Dodge decidiu assinar uma instrução normativa para orientar todos os procuradores a ingressar com ações para impugnar candidaturas de todos os políticos condenados em segunda instância, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa. A decisão deve reforçar a pressão contra a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro já foi confirmada pelo colegiado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
E por aqui?
A postura da procuradora pode assustar outros políticos, não só o petista. No Rio, por exemplo, o ex-governador e pré-candidato Anthony Garotinho (PRP) teve seu nome incluído no cadastro de condenados por ato de improbidade administrativa e por ato que implique inelegibilidade. No entanto, como mostra matéria da página anterior, existem dúvidas quanto à sanção. A questão deve chegar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deixando um ar de incerteza desde o registro da candidatura até o fim do julgamento na mais alta Corte eleitoral. Isso, claro, se o PRP confirmar o nome do político da Lapa na convenção de 5 de agosto.
Tomógrafos do HFM
Em artigo publicado nesta página na edição de ontem, o médico e conselheiro do Cremerj Makhoul Moussallem abordou a situação dos tomógrafos do Hospital Ferreira Machado (HFM), que estavam quebrados. Um deles já foi consertado na última terça-feira e voltou a funcionar na quarta. Porém, o outro continua quebrado e seu reparo seria questionável por conta do elevado custo, cabendo análise se não seria mais adequado a compra de um novo aparelho. Como relata Makhoul, é questão de gestão. E as respostas precisam ser de conhecimento público, já que o aparelho é de extrema importância no atendimento regional.
Sino da esperança
A esperança está sendo anunciada em alto e bom som. O Serviço de Radioterapia do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA) conta agora com o Sino da Esperança. Os pacientes do Setor de Radioterapia, ao terminarem essa etapa do tratamento, celebram essa grande conquista através do badalar do sino, fazendo ecoar a sua vitória. É um momento emocionante, com um forte simbolismo de vitória por uma etapa vencida. Muitas vezes o sino toca bem alto, com a participação de amigos e familiares.
Pioneiro
Poucas unidades de tratamento de câncer no Brasil têm este sino, também chamado de Sino da Conquista ou Sino da Vitória: são apenas 10, a maioria no estado de São Paulo, mas há, também, no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraíba. Não há nenhum no estado do Rio de Janeiro. Mais que uma celebração, tocar o sino é um estímulo a outros pacientes. A ação foi inspirada no hospital MD Anderson Câncer Center, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e reforça a proposta de atendimento humanizado aos pacientes e acompanhantes.
Gula tributária
Empresas brasileiras com até cinco funcionários pagam cerca de 65% do lucro em impostos; as pequenas (de 5 a 19 empregados) gastam 42%; e as médias (20-199) pagam 30%. O estudo foi realizado pela Sage, multinacional britânica de software de gestão. Entre os 11 países analisados pela Sage, as microempresas do Brasil são as mais oneradas, com média de 10 pontos percentuais a mais que na Espanha, segunda colocada.
Complexidade
Mais do que impostos elevados, o Brasil se destaca por sua alta complexidade tributária. As microempresas do país gastam em média 14,5 dias por ano em contabilidade relacionada a tributos, ou seja, cerca de 2,6% do trabalho anual dos funcionários. Já as médias gastam 20 dias, o que representa 0,2% do seu trabalho anual. Proporcionalmente, a diferença é de mais de 750%.

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