Anthony Garotinho (PRP), pré-candidato ao Governo do Estado, já havia passado por Cabo Frio, e chegava de Itaperuna, quando recebeu a notícia de que a reunião, em sua terra natal, com militantes foi cancelada por determinação da Justiça Eleitoral. O “show garotesco” saiu do clube Rio Branco para a porta da simbólica casinha da Lapa e, até ali, foi acompanhada por fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O casal de ex-governadores reclamou, mais uma vez, de perseguição. Fez rápido discurso. Depois, recebeu os seguidores dentro da casa, onde deu o seu recado.

A perseguição alegada pelo casal, embora longe de configurar-se, acaba ganhando corpo diante de decisões como a de ontem. Desde que a pré-campanha começou, Campos tem sido um dos destinos favoritos de nomes cogitados ao Governo do Estado e/ou Legislativo. Já estiveram pela planície goitacá, o deputado Índio da Costa (PSD), o senador Romário (Pode), o estreante ex-juiz Wilson Wiztel (PSC) e o deputado Pedro Fernandes (PDT) — todos postulantes à sucessão de Luiz Fernando Pezão (MDB). Sem falar nos incontáveis pré-candidatos deputado. A maioria com reuniões marcadas com militantes e outros políticos.

Pode configurar propaganda antecipada? Sim. Mas, se não poderia acontecer a reunião com Garotinho, por questão de isonomia e democracia, não deveria poder para outro. Mas, como o grupo garotista-rosáceo não é de chorar sobre o leite derramado, capitaneou em cima da situação. Indignada, Rosinha subiu em um carro e discursou, lançando sua pré-candidatura à Prefeitura de Campos: “Eu não vim candidata a senadora porque eu não quis, eu não vim candidata a deputada federal nem estadual porque eu não quis. Eu poderia ser. Porque o que eu quero mesmo, no meu coração, é ser prefeita de novo pra botar ordem nessa cidade”.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), está enfrentando nada menos que três pedidos de impeachment. O primeiro foi protocolado pelo vereador Átila Nunes (MDB-RJ) na manhã de ontem. Segundo Nunes, Crivella vem tomando uma série de medidas que favorecem integrantes da Igreja Universal — a mais recente foi a reunião com 250 pastores evangélicos, semana passada, na qual o chefe do Executivo municipal oferece vantagens e prioridades para cirurgias de catarata e pagamento de IPTU.

A presidente municipal do Psol no Rio, Isabel Lessa em conjunto com o deputado estadual Marcelo Freixo, derrotado por Crivella nas eleições de 2016, também protocolaram um pedido de impedimento. Já o terceiro pedido foi protocolado no Tribunal de Justiça pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Sisep). Os pedidos de impedimento deverão ser analisados quando a Câmara do Rio voltar de recesso em agosto. Mas a oposição articula para que ocorram sessões extraordinárias.

O Terminal Multicargas do Porto do Açu, em São João da Barra, recebeu, pela primeira vez, um navio carregado de pás eólicas para geração de energia. A embarcação BBC Gdansk, vinda do Porto de Cabedelo, na Paraíba, atracou no terminal, no último sábado, quando foram descarregadas as três pás eólicas de origem dinamarquesa, de 40 metros de cumprimento e 9 toneladas cada. O material será transportado através de carretas especiais para o Parque Eólico de Gargaú, em São Francisco de Itabapoana.

O problema da falta de médicos em algumas unidades de saúde de Campos, como as Unidades Pré-Hospitalares, parece que está perto de ter uma solução. Isso porque os novos médicos, aprovados no último concurso e que foram convocados no mês passado, devem tomar posse nesta quarta-feira e devem estar aptos para trabalhar a partir do dia 18. Foram 131 médicos chamados para reforçar a equipe da Saúde.