Mais um capítulo na novela em torno do mandato do presidente da Câmara de Campos, Marcão Gomes (PR). Semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) manifestou-se, em parecer, favorável à perda do mandato por infidelidade partidária. Marcão trocou a Rede de Sustentabilidade pelo Partido da República (PR). A antiga legenda e o primeiro suplente, Thiago Miquilito, recorreram à Justiça pelo cargo. O vereador afirmou que acredita na Justiça e que nos autos do processo provará justa causa para sua saída.

O pedido contra o mandato de Marcão foi protocolado no início de maio. Na ocasião, o porta voz estadual do Rede, Sérgio Reimol, afirmou à Folha da Manhã, que não houve contato do parlamentar com o partido para comunicar a desfiliação. A decisão, então, foi seguir o estatuto e pedir o mandato por infidelidade partidária.

O representante do Rede afirmou, também, que a Estadual chegou a entrar em contato com a Executiva Nacional e foi decidido pela ação judicial.

Semana passada, o MPF emitiu parecer favorável à cassação. Marcão teria ferido o Art. 22-A da Lei Eleitoral, que proibi o partido antes do último ano de mandato.

De acordo com o presidente do Legislativo, tudo será esclarecido durante o processo.

“Acredito nas instituições e na Justiça. Nos autos do processo provarei a justa causa para minha saída do Rede e filiação ao PR. Ganharemos a ação por questão de direito. Todo resto é mimimi dos adversários!”, afirmou o vereador, que foi reeleito em outubro de 2016 o vereador mais votado de Campos, recebendo 5.552 votos.