A esposa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, após julgamento de apelação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, nesta quarta-feira, foi condenado a dois anos e seis meses de reclusão, com início da pena em regime aberto. A decisão cabe recurso.
Cláudia foi condenada pelo crime de manutenção de depósitos não declarados no exterior. Assim, a mulher de Eduardo Cunha segue absolvida por lavagem de dinheiro. A pena estipulada em segunda instância pode ser convertida em serviços comunitários, o que seria decidido pela Vara de Execuções Criminais de Curitiba.
Os desembargadores também decidiram acolher um pedido da defesa da jornalista, para que fosse liberado o confisco de 176,6 mil francos suíços de uma conta bancária.
Cláudia havia sido inocentada no julgamento de primeira instância em um dos processos que apurou irregularidades em um contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África. Segundo denúncia do MP, Eduardo Cunha recebeu propina nas negociações. Cláudia também teria sido favorecida com o montante, assegura o MPF.
O MPF recorreu ao TRF-4 da absolvição de Cláudia, pedindo que ela fosse condenada. A defesa da jornalista também entrou com apelação no tribunal, pedindo a manutenção da absolvição dela.