Pré-candidato à presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) segue tentando costurar alianças de olho na eleição de outubro. A convenção do partido para formalizar a possível candidatura de Bolsonaro está marcada para o próximo domingo e o político continua flertando com o PR e outros partidos, como o PRP. No entanto, nesta segunda-feira, o parlamentar negou que esteja se aproximando de uma eventual união com o pré-candidato a governador Anthony Garotinho (PRP). “A aliança é só nacional, não envolve acordo no estado”, afirmou Bolsonaro.
A convenção nacional do PSL é prevista para o próximo domingo, mas Bolsonaro ainda não definiu quem será seu vice. Principal nome cotado para a chapa, o senador Magno Malta (PR-ES) preferiu concorrer à reeleição e esfriou a aproximação entre o deputado e o Partido da República. Com isso, o mais cotado para o lugar é o general da reserva Augusto Heleno Pereira (PRP).
A movimentação dos pré-candidatos à presidência continua intensa na semana que marca o início da janela para a realização das convenções partidárias e consequentes definições das candidaturas. O jornalista Athos Moura publicou nesta segunda no blog do jornalista Lauro Jardim, no site do jornal O Globo, que o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello (Rede), é cotado para ser vice na chapa da pré-candidata Marina Silva (Rede).
Em 2010, a então presidente do clube, Patrícia Amorim, foi cotada para ser vice na chapa de José Serra (PSDB), mas problemas administrativos e polêmicas na gestão de Amorim fizeram o tucano optar pelo deputado Indio da Costa (PSD).
Pré-candidato do PDT, Ciro Gomes também se movimenta em busca de novas alianças para viabilizar sua possível candidatura. O cearense tenta montar uma coalização de centro-esquerda para outubro, como uma forma de tentar driblar o desgaste recente da esquerda, principalmente por causa das denúncias e da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção e lavagem de dinheiro. Nesta segunda, Ciro se encontrou com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em São Luís.
Os dois partidos são aliados no Maranhão, mas, apesar da tentativa de Ciro, a presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos (PE), afirmou que a legenda vai manter a pré-candidatura de Luciana D’Ávila à presidência.
Assediados tanto pelo PT quanto pelo PDT, integrantes do PCdoB têm insistido na pré-candidatura de Manuela, alegando que ela ajudaria o partido a tentar superar a cláusula de barreira, que passará a vigorar a partir desta eleição. Pela nova regra, os partidos terão que atingir um patamar mínimo de votos para a Câmara, distribuídos pelo país, para ter direito a uma fatia do fundo eleitoral e a tempo de TV. Segundo integrantes do PCdoB, uma candidatura própria à presidência daria mais visibilidade ao partido e ajudaria a puxar votos para deputados. (A.S.) (A.N.)