Impeachment de Crivella terá debate na Câmara nesta quinta
11/07/2018 10:48 - Atualizado em 12/07/2018 14:47
A Câmara Municipal do Rio vai interromper o recesso para uma sessão extraordinária que discutirá os pedidos de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB). Dezessete vereadores, número mínimo exigido pela legislação, assinaram requerimento, solicitando o pedido de suspensão do recesso parlamentar.
A primeira sessão extra será nesta quinta-feira (12), às 14h, e analisará se a reunião secreta do prefeito com pastores se caracterizou como improbidade administrativa e crime eleitoral.
— Vou pedir uma votação oral para que cada vereador justifique o voto na tribuna — disse David Miranda (PSOL), uma vez que muitos vereadores não conseguem explicar seu voto, como ocorreu na votação de taxação de 11% dos inativos e pensionistas do município.
Os 17 vereadores que assinaram o pedido para sessão extra são: Tarcísio Motta, David Miranda, Paulo Pinheiro, Babá, Renato Cinco, Leonel Brizola (PSOL); Reimont, Luciana Novaes (PT); Fernando William (PDT); Átila Alexandre Nunes, Rosa Fernandes, Rafael Aloísio de Freitas (MDB); Leandro Lira (Novo); Teresa Bergher e Professor Adalmir (PSDB); Ulisses Marins (PMN) e Zico (PTB). Até o fechamento desta matéria, o posicionamento da assessoria de comunicação do prefeito era que ele não iria comentar os pedidos de impeachment.
Entenda o caso — No último dia 4 de julho, Marcelo Crivella recebeu, no Palácio da Cidade, 170 líderes religiosos e pastores evangélicos. O encontro não constava na agenda oficial. O prefeito discursou na presença do pré-candidato a deputado federal pelo PRB, Rubens Teixeira. Em uma das falas, gravadas em áudio por jornalista, Crivella sugeriu aos pastores que orientem os fiéis a procurar uma assessora dele, Márcia (da Rosa Pereira Nunes), que poderia agilizar as cirurgias.
Ele destacou, também, que as igrejas que estivessem recebendo cobrança de IPTU deveriam falar com um advogado chamado Milton para “dar um fim nisso”. “Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na Prefeitura para esses processos andarem”, chegou a afirmar o prefeito, que é bispo da Igreja Universal. (S.M.) (A.N.)

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