O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que o governo não adota “soluções paliativas” para os problemas do país. Segundo ele, o governo nunca quis “aplausos fáceis”, que geram “desprezo depois de amanhã”. A afirmação foi feita pelo presidente em discurso, durante cerimônia no Palácio do Planalto, na qual ele assinou uma medida provisória que altera o marco regulatório do saneamento básico.
Temer destacou que a MP pode ser considerada mais uma “reforma” de seu governo, uma ação para encerar problemas estruturais do país. Em seguida, ele disse que sua administração não busca “soluções paliativas”.
“Nós não queremos, nunca quisemos, soluções paliativas que, na verdade, geram aplausos fáceis. Você pratica um ato paliativo hoje, ganha o aplauso amanhã e o desprezo depois de amanhã. Nosso governo não age dessa maneira”, disse.
Michel Temer tem lidado com altos índices de rejeição. Pesquisa Ibope divulgada em junho, por exemplo, mostrou que 4% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, enquanto 79% consideram a administração de Temer ruim ou péssima.
Em discursos, sem mencionar as pesquisas, o presidente tem ressaltado que não quer fazer um governo para receber aplausos imediatos, mas sim o reconhecimento futuro.
De acordo com a Agência Brasil, o texto da Medida Provisória ainda não foi divulgado pelo governo, mas, segundo o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, uma das mudanças é que a Agência Nacional de Águas (ANA) atuará como reguladora do saneamento nas cidades que desejarem receber serviços ou recursos federais: “A ANA será a agência reguladora de saneamento para cidades e estados que desejarem receber serviços ou recursos de ordem federal”, disse Baldy, acrescentando que o novo marco regulatório dá segurança jurídica para que empresas privadas invistam no setor. (A.N.)