Quase tudo como antes no PRP
Suzy Monteiro 05/07/2018 22:18 - Atualizado em 09/07/2018 18:53
Vinícios Madureira
Vinícios Madureira / Antonio Leudo
A chegada do ex-governador Anthony Garotinho e de parte de seu grupo político ao Partido Republicano Progressista (PRP) trouxe grande expectativa de mudanças na legenda e até na presidência do diretório em Campos, que tem o advogado e vereador afastado Vinícius Madureira à frente. O nome cogitado para substituí-lo era o de Wladimir Garotinho, filho do casal de ex-governadores e pré-candidato a deputado federal. Porém, pelo menos por enquanto, “está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. De acordo com a presidente regional do PRP, Eliane Cunha, Madureira continua na função: “Wladimir tem que ficar focado em ganhar a eleição”, afirmou.
Eliane Cunha explicou que o momento, agora, é de Wladimir dedicar-se à campanha e não desviar o foco, o que poderia atrapalhá-lo.
— Temos um presidente em Campos maravilhoso, que eu amo, que é Vinícius Madureira. Um amigo fiel. Wladimir, agora, tem que rodar Campos e outros municípios, focado em ganhar a eleição para deputado. Ele tem que ficar livre, leve e solto para ter tranquilidade para trabalhar sua campanha — disse.
A presidente regional também falou sobre a vereadora Josiane Morumbi, a quem elogiou, dizendo que está fazendo um grande trabalho na Câmara Municipal. O Legislativo campista tem, ainda, os vereadores Silvinho Martins e Jorginho Virgílio. Josiane Morumbi assumiu a vaga de Vinicius Madureira, que foi afastado por decisão judicial, após ter sua condenação na Chequinho confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O partido, no Legislativo, está dividido: enquanto Josiane é oposição, Silvinho e Jorginho fazem parte do G5, grupo independente, mas de apoio ao prefeito Rafael Diniz.
Garotinho filiou-se ao PRP em março último, depois de deixar o PR, partido que presidia no estado do Rio há mais de cinco anos. Ele foi afastado da presidência, após sua terceira prisão, em 22 de novembro do ano passado, dentro da operação Caixa d’Água.
Na mesma operação, foi preso o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues e seu genro, Fabiano Alonso. A ex-prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, também foi presa, além de membros de sua gestão na Prefeitura.
Em busca de manter sua candidatura ao Governo do Estado, Garotinho foi para o PRP, onde chegou sem poder de comando. Pelas legendas nas quais passou, exceto o PT, no início de sua vida política, há mais de 30 anos, ele foi presidente: PDT, PSB, PMDB e PR.
No PRP, lançou sua pré-candidatura e levou seu filho Wladimir e o deputado estadual Bruno Dauaire, além de outros políticos. Rosinha foi para o Patriota e a filha Clarissa para o Pros.
Garotinho chega com força, mas sem dar as cartas. O comando do partido, pelo menos por enquanto, continua com a presidente Eliane Cunha. Mas, em 2015, quando Madureira assumiu o partido, a já presidente regional do PRP negou aproximação com o grupo político do ex-governador. Na ocasião, ela chegou a afirmar: “O PRP não vai sentar no colo do Garotinho. Não somos capachos de ninguém”. Vinícius Madureira assumiu a presidência do partido naquele ano, no lugar de Fabrício Lírio, que fazia oposição ao governo da então prefeita Rosinha.

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