Suzy Monteiro
02/07/2018 21:34 - Atualizado em 04/07/2018 15:19
Ex-vice-prefeito de Campos por dois mandatos, o médico pediatra Francisco Arthur de Souza Oliveira, Dr. Chicão, lançou sua pré-candidatura à Câmara Federal pelo Solidariedade (SD). Chicão foi o candidato do governo Rosinha para disputar a eleição para prefeito, em 2016, mas não chegou a ser eleito, obtendo 81.989 votos.
O evento do Solidariedade ocorreu no hotel Guanabara, no Rio de Janeiro, no último domingo, e reuniu pré-candidatos à eleição de outubro. Em Campos, o Solidariedade tem dois pré-candidatos à Assembleia Legislativa (Alerj): o advogado Rodrigo Bacellar, filho do vereador Marcos Bacellar (PDT), e o vereador Álvaro Oliveira, irmão de Chicão.
Dr. Chicão é pediatra formado há 37 anos e oficial médico socorrista do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.
O agora pré-candidato a deputado federal entrou para a política partidária no ano de 2008, quando foi eleito vice-prefeito de Rosinha Garotinho e reeleito na mesma chapa em 2012. Neste período, ele acumulou o cargo com o de secretário municipal de Saúde, de onde foi exonerado no início de novembro de 2015.
Dr. Chicão havia assumido a secretaria municipal de Saúde em 14 de junho de 2013, substituindo Geraldo Venâncio, que passou a ser o secretário da Família e Assistência Social.
Na ocasião, Geraldo Venâncio continuou como presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Em 2016, Chicão foi escolhido como o candidato a prefeito de Campos pelo PR, na coligação Frente Popular Progressista de Campos. O partido era presidido no Estado pelo seu primo, Anthony Garotinho, marido da então prefeita.
Mesmo com o apoio governista, Dr. Chicão foi derrotado ainda no primeiro turno pelo candidato de oposição, Rafael Diniz, que obteve mais de 151 mil votos. Além de perder a eleição municipal, Chicão ainda herdou problemas judiciais: foi condenado na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) principal do caso Chequinho.
Na mesma ação foram condenados a ex-prefeita Rosinha, o ex-vereador Mauro Silva - que concorreu a vice-prefeito em sua chapa -, a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a ex-coordenadora do Programa Cheque Cidadão, Gisele Koch. Todos foram condenados à inelegibilidade por oito anos. Eles recorrem ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).