Tiroteio termina com dois mortos e PM ferido em Macaé
Jonatha Lilargem e Daniela Abreu 28/07/2018 09:50 - Atualizado em 30/07/2018 13:56
Dois homens morreram e um policial militar ficou ferido após serem baleados em um intenso tiroteio que aconteceu na noite da última sexta-feira (27) na comunidade das Malvinas, em Macaé. O confronto foi entre traficantes e policiais militares. A violência tem avançado em Macaé, com registros crescentes de policiais feridos durante confronto com traficantes. No início do ano, o cabo José Renê de Araújo Barros, que era lotado no 32º Batalhão de Polícia Militar de Macaé, foi baleado na cabeça durante uma troca de tiros com criminosos no Lagomar e morreu. O crime desencadeou uma série de operações conjunta entre as forças de segurança e a extensão dos casos de violência levou o município a ser escolhido como sede da Delegacia de Homicídios do Norte Fluminense, no entanto, o projeto da “Cidade da Polícia”, apresentado pelo prefeito Dr. Aluízio (MDB) teve licitação adiada após o Tribunal de Contas do Estado ter encontrado “inúmeras falhas”. Na semana passada, foi destaque na reunião do Conselho Comunitário de Macaé, o efetivo reduzido do 32º BPM, responsável por outros cinco municípios.
No caso do PM baleado na sexta, segundo a Polícia Militar, uma equipe da fazia patrulhamento pela região quando foi recebida a tiros pelos criminosos. Os policiais teriam revidado iniciando um tiroteio. Todos os feridos foram levados para o Hospital Público de Macaé (HPM), onde os óbitos foram constatados. O policial militar ferido não corre risco de morte.
Após revista no lugar, os policiais apreenderam duas pistolas de diferentes calibres, carregadores, três munições e 519 papelotes de cocaína. Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Macaé. O caso foi registrado na 128ª Delegacia de Polícia (Rio das Ostras), responsável pelo plantão, onde o caso está sendo investigado.
Segurança em espera - Após a morte do cabo da PM, José Renê de Araújo Barros, no início do ano, foi anunciada a criação da Delegacia de Homicídios do Norte Fluminense (DHNorte), a primeira fora da Região Metropolitana no entanto, o projeto da “Cidade da Polícia, que abrigaria além da DHNorte, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Delegacia de Roubos e Furtos de Carga (DRFC) e Delegacia de Menores (DPCA) teve a licitação adiada pelo TCE.
O conselheiro substituto da corte de Conta, Christiano Lacerda Ghueren, apontou 12 providências a serem adotadas e ressaltou que o projeto básico foi encaminhado sem elementos imprescindíveis, o que prejudica a análise das quantidades estimadas. Ele pediu que o jurisdicionado encaminhe planilha orçamentária que comprove a obtenção do menor preço global “em uma pesquisa de, no mínimo, três orçamentos com fornecedores distintos dentro do ramo pertinente”. Ainda é necessário, segundo o relator, apresentação da cópia da licença ambiental do objeto.
No início de junho, a Prefeitura anunciou em seu site oficial que o prazo para a licitação da obra seria em 12 de julho. A área de 37 mil m² fica no bairro Virgem Santa. Segundo o Executivo macaense, a previsão para execução das obras é de 300 dias, a contar da expedição da ordem de serviço.
Enquanto as medidas efetivas para conter o avanço da violência são aguardadas, na última semana, em reunião do Café Comunitário, o efetivo alarmantemente reduzido do 32º BPM de Macaé foi alvo de críticas. Seriam 600 agentes, sendo que 100 estão afastados por motivos diversos, para garantir a segurança em Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé, Carapebus, Quissamã, e Conceição de Macabu.

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