Homens baleados e invasão de bandidos armados em Campos
Jonatha Lilargem, Verônica Nascimento e Virna Alencar 27/07/2018 13:27 - Atualizado em 28/07/2018 10:08
Moradores do Parque Cidade Luz, no subdistrito de Guarus, passaram por momentos de medo depois que bandidos armados invadiram o bairro por volta das 11h30 dessa sexta-feira. Os criminosos, que saíram da Chatuba do Parque Lebret, chegaram à região, atiraram e picharam muros com as siglas de uma facção. Em consequência do acontecimento, segundo a diretoria da Creche Escola Sérgio Luiz Lilico Paes da Silva, pais dos alunos da creche decidiram por buscar, ainda no período da manhã, seus filhos na unidade. Essa não é a primeira vez que a criminalidade impõe medo e regras em bairros de Guarus.
A Polícia Militar (PM) fazia um patrulhamento perto da região e recebeu informações através de denúncias anônimas sobre traficantes armados efetuando disparos no lugar. Os militares foram até o local e viram os bandidos fugindo a pé. Um adolescente de 13 anos, que estava retornando ao Parque Lebret, acabou sendo apreendido.
O menor foi levado para a 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), onde o caso foi registrado. Com ele, nada de ilícito foi encontrado.
Questionado sobre o ocorrido, o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Fabiano de Souza, informou que a PM vem desencadeando operações como a Servir e Proteger, no bairro Parque Cidade Luz e em toda a cidade de Campos, visando coibir o tráfico, os homicídios e roubo de rua.
Em março deste ano, escolas municipais do Parque Eldorado e da Codin, em Guarus, também tiveram que suspender aulas devido a uma suposta disputa entre facções por pontos de tráfico de drogas. Próximo das unidades escolares, cartazes assinados por supostos integrantes da facção Amigos dos Amigos (ADA) foram colados em postes como uma suposta rede de proteção ao exigir respeito a professores, alunos e comerciantes da área. Aos que desrespeitarem o aviso, o alerta: “quem não abraçar o papo, o papo vai abraçar”.
Na ocasião, a situação, provocada pela disputa de traficantes por território, teria se inflamado com a recente prisão de “Nolita”, apontado pela polícia como chefe do tráfico do Santa Rosa e áreas de ligação com o ADA. Os avisos foram colados em postes de bairros com atuação de diferentes facções.

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