Representantes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e professores do Laboratório de Ciências Químicas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) se reuniram, nesta quarta-feira, para fechar parceria entre o município e a universidade no combate ao Aedes aegypti. O mosquito transmite doenças, como: chikungunya, dengue, febre amarela e zika. A primeira reunião aconteceu na última terça-feira, com a equipe da Vigilância em Saúde.
A partir da segunda quinzena de agosto, será disponibilizada à população de dois bairros, onde o índice de infestação do mosquito estiver mais elevado, a armadilha “GrudAedes”, que será confeccionada pelos especialistas da Uenf, em uma sala do CCZ. “Esta é uma parceria de extrema importância firmada entre o Município e a Uenf, onde temos a oportunidade de proporcionar saúde pública envolvendo a pesquisa científica em prol do bem-estar de todos”, ressaltou a diretora da Vigilância em Saúde, Andreya Moreira.
De acordo com o diretor do CCZ, Marcelo Sales, neste momento em que o município enfrenta uma epidemia de chikungunya, uma parceria com a Universidade é fundamental. “Fomos convidados a participar na semana passada do seminário “Novas Estratégias no Controle e Monitoramento do Aedes Aegypti na Região Norte Fluminense”, na Uenf, onde foram mostradas excelentes pesquisas que estão sendo realizadas, na universidade, no combate ao Aedes. Dessas inovações, a pesquisa do professor Edmilson José Maria nos chamou atenção pela praticidade e resolvemos nos unir para uma parceria em prol da saúde da população”, explicou.
Ainda segundo Marcelo, na parceria firmada, o CCZ cedeu duas salas para que a equipe da Uenf possa trabalhar na confecção das armadilhas “GrudAedes” que serão disponibilizadas à população de dois bairros onde os índices do Liraa estiverem mais elevados.
— Nosso setor de síntese orgânica e química fina desenvolveu estratégias no controle e monitoramento do Aedes aegypti. Um desses projetos foi aprovado pela Faperj e nos proporcionou o desenvolvimento de repelentes corporais em barra e de armadilhas de controle e monitoramento do mosquito alado. Essas armadilhas são feitas de papelão, pintadas com uma tinta preta. Usamos ainda uma cola específica e um pequeno disco que atrai o mosquito por ter um odor semelhante ao exalado no suor de uma pessoa. Por meio dessa parceria, os agentes do CCZ farão a distribuição dessas armadilhas à população de bairros onde a infestação estiver elevada. Assim poderemos avaliar a eficácia do produto e ter a participação mais efetiva da população nesse combate — ressaltou o professor da Uenf Edmilson José Maria.
As armadilhas “GrudAedes” têm duração de 30 dias e cada residência visitada pelos agentes do CCZ receberá duas unidades para serem testadas. Os pesquisadores da Uenf desenvolveram ainda um aplicativo próprio para celulares, para que os agentes possam ter um banco de dados com fotos das armadilhas durante as visitas onde os produtos foram instalados. (A.N.)