Victor de Azevedo
05/07/2018 18:48 - Atualizado em 06/07/2018 13:57
A Prefeitura de Campos decretou nessa quinta-feira situação de emergência no município diante do quadro de epidemia de chikungunya, anunciada pelas autoridades de saúde na última semana. A medida leva em conta “a proliferação do mosquito transmissor”, o indicador de infestação predial de 6,1% (alto risco) no último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa). A ação é uma medida de contenção para evitar o avanço da doença no município. Segundo a prefeitura, nesta sexta-feira será realizado mutirão nos Parques Prazeres, Barão do Rio Branco e Residencial da Lapa. O assunto chegou a ser abordado no blog do jornalista Arnaldo Neto, hospedado na Folha 1.
Segundo números divulgados pela Prefeitura, o município tem notificados 2.365 mil casos de chikungunya através de análises clínicas, epidemiológicas e sorológicas. Foram registrados também 95 casos de dengue e não há casos de zika e febre amarela. Com o decreto, está autorizado, a partir de agora, a entrada de agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em imóveis, cujos proprietários estiveram ausentes ou recusarem o serviço. Durante os mutirões, desde maio, foram percorridos 33 bairros com ações em cerca de 27 mil imóveis. Outros 18 mil foram encontrados fechados.
O texto ainda libera o município a contratar mais agentes de endemias em caráter emergencial, porém, segundo a Prefeitura, isso será feito de forma cautelosa, respeitando os aspectos legais. A prioridade será o remanejamento dos servidores para atuarem no combate ao Aedes Aegypti, transmissor também da dengue, zika e febre amarela.
Em caso de entrada forçada em algum imóvel, que deve ser considerado fundamental no trabalho de contenção da doença, os agentes estarão acompanhados da Vigilância Sanitária, Guarda Civil Municipal ou da Polícia Militar. A ação deverá ser registrada com fotos e vídeos que constarão no Auto de Ingresso Forçado.
Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde, em comum acordo com o Estado, decretou a epidemia pelo município apresentar 300 casos, por cada 100 mil habitantes, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, são realizados cerca de 250 atendimentos diários no Centro de Referência em Doenças Imuno-infecciosas (CRDI) que também pode se dirigir às unidades básicas de saúde e aos hospitais Ferreira Machado e Geral de Guarus.