Verônica Nascimento
03/07/2018 13:28 - Atualizado em 04/07/2018 13:48
O diretor geral do Hospital Ferreira Machado (HFM), Pedro Ernesto Simão, apresentou nesta terça-feira (3), em coletiva de imprensa, o Programa de Segurança de Pacientes, que objetiva reorganizar o fluxo e melhorar a qualidade de atendimento. O programa tem basicamente três etapas – a identificação e registro do paciente; a avaliação de risco e triagem do paciente e, por último, o cumprimento da legislação quanto a acompanhantes.
O diretor explicou que alguns problemas foram identificados, exigindo a reorganização. “Muitos pacientes chegam sem identificação. Tivemos o caso de um paciente que morreu no hospital e o IML (Instituto Médico Legal) não podia receber o corpo, porque não havia documentação, não podíamos sequer emitir a declaração de óbito ou registrar a fatura, comprovar o atendimento. Assim, pedimos aos familiares que tragam sempre um documento com foto da pessoa que está sendo trazida para o hospital”.
O diretor também explicou como funcionará a triagem: “Muitas vezes recebemos pacientes no Pronto Socorro que poderiam estar sendo atendidos em uma UPH ou na UPA. Assim, teremos a triagem dos pacientes, com avaliação pela equipe de enfermagem. Não há espera para casos graves, pois somos referência regional. Mas, por exemplo, uma pessoa chega com dor no peito, um caso que fica verificado ser de menor gravidade. Ela fica em espera, sendo avaliada. Dependendo do caso, se não houver gravidade, encaminhamos para outras unidades. Nessa etapa, definimos qual paciente tem de ficar no Ferreira Machado”.
Diretor apresentou novo programa
Diretor apresentou novo programa
Diretor apresentou novo programa
Diretor apresentou novo programa
Conforme o diretor, essa etapa é fundamental, porque o hospital, embora tenha uma capacidade de leitos, não pode deixar de prestar o atendimento. “As pessoas costumam falar que faltam coisas, que tem gente demais no corredor, mas não falta nada. É que trabalhamos com uma capacidade. Por exemplo, temos 32 leitos de UTI para adultos e 10 de UTI pediátrica. Se fôssemos um hospital particular, poderíamos recusar o atendimento, mas não podemos fechar nossas portas, porque somos referência. Assim, com 32 leitos ocupados, se chegar mais um paciente, ele vai ser atendido”.
A terceira etapa diz respeito aos acompanhantes dos pacientes. “Verificamos o Pronto Socorro e corredores com várias pessoas que estão acompanhando o paciente. Começamos, há uma semana, a cobrar e seguir a legislação que define um acompanhante apenas para adultos com idades acima de 60 anos; crianças com até 12 anos e portadores de necessidades especiais. Isso reduz o número de pessoas circulando no hospital e é uma forma de garantir a segurança do paciente”.
A abertura do novo centro cirúrgico, com cinco salas, também é destacada na reorganização. “A perspectiva é de colocar o centro cirúrgico do quinto andar em funcionamento em breve, podendo transferir, para lá, algumas cirurgias do antigo centro cirúrgico e realizando algumas cirurgias que não tínhamos capacidade para fazer no HFM. Em sua grande maioria, cerca de 80%, os pacientes que estão nos corredores são pacientes ortopédicos. Dependemos apenas de fornecedores para receber materiais de apoio e finalizar os detalhes que ainda faltam, mas, em breve, com o novo centro cirúrgico funcionando, teremos menos espera por cirurgias ortopédicas”.