A inadimplência em todo o país atingiu 63,6 milhões de consumidores — 42% da população adulta brasileira —, ao final do primeiro semestre deste ano, de acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em Campos a situação não é diferente. No mesmo período foi registrada uma inadimplência em torno de 5%. Dados confirmados pela Câmara de Dirigentes Lojista (CDL).
A nível nacional, em junho houve crescimento de 4,07% na comparação com o mesmo período do ano passado – o último recuo da inadimplência foi registrado em novembro de 2017 (0,89%). Na comparação entre maio e junho, houve alta de 0,61%, a maior variação positiva desde março deste ano.
Por região, a Sudeste teve crescimento de 9,88% em junho frente ao mesmo período do ano passado. Região que inclui o município de Campos. Segundo a CDL, a inadimplência vem crescendo desde o ano passado devido o desemprego que cresce na região.
— A situação não é muito diferente. Estamos com uma inadimplência grande e isso vem desde o ano passado. Tem muita gente desempregada que não estão conseguindo honrar com seus compromissos. Sem recursos, a pessoa não tem como procurar o comércio para negociar suas dívidas. Infelizmente, um crescimento na inadimplência de 5%, comparado com o semestre do ano passado — informou o gerente Executivo da CDL, Nilton Miranda.
Outras regiões — O Nordeste apresentou alta de 4,81% na quantidade de devedores. As variações também foram positivas no Centro-Oeste (2,82%), Sul (2,13%) e Norte (2,02%).
Os estados do Norte concentram, de forma proporcional, o maior número de brasileiros inadimplentes no país, 5,79 milhões de consumidores, que, juntos, somam 48% da população adulta residente. A segunda região com maior número relativo de devedores é o Nordeste, que conta com 17,61 milhões de negativados, ou 44% da população.
Mais da metade das dívidas pendentes de pessoas físicas, 51%, têm como credor algum banco ou instituição financeira. A segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que concentra 18% do total de dívidas não pagas, seguido pelo setor de comunicação (14%). Os débitos com as empresas concessionárias de serviços básicos como água e luz representam 8% das dívidas não pagas no Brasil. Em média, cada inadimplente tem duas dívidas em aberto.