A greve dos caminhoneiros no final de maio teve um impacto negativo no desempenho do comércio varejista nacional. O volume de vendas teve uma queda de 0,6% de abril para maio. Setores como o de combustíveis e lubrificantes, com queda de 6,1%, sentiram bastante a paralisação. Em Campos, o quadro não é diferente, os comerciantes acreditam que a queda nas vendas foi de 20%.
— Tivemos falta de mercadoria e isso com certeza fez com que o dinheiro deixasse de circular. Não tem mercadoria, não tem venda. Só no meu ramo, que é de móveis, a queda nas vendas foi de 20% — informou o empresário Eduardo Chacur.
O prejuízo sentido no município vem de encontro com a pesquisa do IBGE, mostrando que o setor que mais sentiu com a greve foi o de móveis e eletrodomésticos, com queda de 2,7% no período.
— Isso mostra o impacto da perda de estoque para as vendas, mas também uma perda em atraso das entregas e variação do frete, que acabam impactando nesse segmento. A redução do abastecimento que aconteceu em maio atingiu todas as atividades. O segmento dos combustíveis, naturalmente uma atividade que tem relação com a própria questão da greve, mostrou uma queda forte — disse a pesquisadora, Isabella Nunes.
O único setor com desempenho positivo de abril para maio foi o de supermercados e alimentos, com alta de 0,6%, o que evitou uma queda ainda maior do comércio varejista brasileiro como um todo. (A.N.)