Trajetória de John Nash em debate no Cineclube Goitacá
Paula Vigneron 19/07/2018 17:49 - Atualizado em 23/07/2018 14:37
O advogado Daniel André comentou o filme
O advogado Daniel André comentou o filme / Isaías Fernandes
A história do matemático norte-americano John Nash, diagnosticado com esquizofrenia no final dos anos 50, foi o centro do debate da sessão dessa quarta-feira (18) do Cineclube Goitacá, com a exibição de “Uma Mente Brilhante”, vencedor de quatro categorias do Oscar, em 2002. Dirigido por Ron Howard, o filme narra a trajetória de Nash, que, após anos lutando contra a doença, retoma a sua vida profissional e conquista o prêmio Nobel de Economia, em 1994, por suas contribuições à matemática pura.
O longa-metragem, com Russell Crowe como protagonista e Jennifer Connelly no papel de Alicia Nash, foi apresentado pelo advogado Daniel André dos Santos Faria. Para ele, a escolha do filme está relacionada à história de desafio e superação do matemático. Um dos pontos destacados pelo apresentador da noite foi a relação entre a câmera, o personagem e o espectador:
— O Ron Howard faz um trabalho formidável. Ele consegue utilizar a câmera na perspectiva de Nash. Cada pessoa acaba sendo o Nash. Em determinados momentos, as pessoas pensam: “Nossa. Ele não pode ser esquizofrênico. Eu sou Nash”. E, quando isso é revelado, acaba criando certa frustração. Há uma ruptura da expectativa. Ele trabalha com o suspense: será que Nash é esquizofrênico? Será que não? A câmera trabalha em primeira pessoa, e você não consegue diferenciar se você está analisando o filme como Nash ou como um terceiro.
John Nash foi pesquisador da Universidade de Princeton e trabalhou com a Teoria dos Jogos. Esta foi utilizada como ferramenta para descrever e projetar o comportamento econômico. Aos 21 anos de idade, o matemático defendeu a sua tese de doutorado, por meio da qual introduziu a distinção entre jogos cooperativos e não-cooperativos. Neste mesmo estudo, foi desenvolvido o conceito de equilíbrio para jogos não-cooperativos, conhecido como Equilíbrio de Nash.
O matemático morreu aos 86 anos, em maio de 2015, em um acidente de táxi, nos Estados Unidos, que também matou a sua esposa, Alicia, de 82 anos, com quem tinha um filho, John Charles Martin Nash.
Na próxima quarta-feira (25), a partir das 19h, o Cineclube Goitacá exibirá o filme “Lawrence da Arábia” (1962), de David Lean. A apresentação será feita pelo poeta e jornalista Aluysio Abreu Barbosa.

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