Os 100 anos da Villa em Bazar
A abertura será na próxima sexta-feira (20), às 18h30. Nesse dia, o evento acontecerá até as 22h. Também tem bazar no sábado (21) e no domingo (22), sempre das 14h às 22h. De acordo com uma das organizadoras, Edenice Rinaldi, o Bazar da Villa — que surgiu em 2015 — vai além de uma simples feira de compra e venda. Ele visa difundir a arte e o artesanato regional, criando um espaço alternativo, de consumo mais consciente e sustentável, com a ideia de promover uma rica experiência cultural.
— O bazar é uma proposta para mostrar o mundo da coletividade. E é importante a gente trabalhar com a questão da economia criativa, porque ela não pensa só no lucro. Ela pensa, junto a isso, em promover algo para o bem, que pode ser uma ação social ou cultural. Não que artesãos não vão ganhar dinheiro com os seus produtos. A questão é que o artesanato não será apresentado atrás de um balcão, mas, sim, em formato de exposição. Então, quando você valoriza esse lado, não está fazendo uma economia comum. Neste caso, você promove todo o talento e trabalho do artista — disse Edenice, que é membro do Coletivo Arte & Fatos Culturais.
Serão 62 expositores no bazar, com exibição e venda de produtos artesanais, brechó, gastronomia, música, exposições de artes visuais, rodas de conversa, contação de histórias, palestras sobre temas atuais e trocas de livros, além de várias ações solidárias, como doação de roupas e utilidades domésticas. Ainda segundo Edenice Rinaldi, a expectativa é de que o evento receba cerca de três mil visitantes durante os três dias.
Rinaldi destacou, ainda, que o bazar é todo organizado por uma rede colaborativa, que conta com voluntariado e colaboração em diversas formas. Ela conta que o evento não é promovido por nenhuma empresa ou instituição e não dispõe de nenhum financiamento.
— É tudo organizado na coletividade pelo Arte & Fatos Culturais. E o Bazar da Villa não é o único evento feito pelo coletivo. Há vários outros trabalhos nossos voltados para a economia criativa, para a colaboração. E o coletivo é um grupo de pessoas que tem a mesma vibe e o mesmo pensamento em relação a dar dignidade ao artesão — explicou.
Ela também falou sobre a importância do tema deste ano.
— Só o prédio da Villa Maria já traz uma atmosfera bastante cultural. E é muito importante a gente comemorar tanto os 100 anos dele, que possui uma vasta história, quanto os 25 anos da Casa de Cultura neste espaço, pois a Uenf sofre muito por conta da crise financeira, mas a gente vê que a Casa de Cultura Villa Maria sobrevive. Além de toda a sua importância, ainda cede espaço para muitos eventos culturais, como o nosso bazar, o Choro na Villa e o Dia do Rock Goytacá.
O coletivo faz, ainda esta semana, uma campanha para arrecadação de materiais para serem aproveitados na decoração, como papéis e outros materiais, tais como garrafas pet, carretel, rolha, papel crepom, garrafas plásticas e imã de geladeira.
Para doar, é possível entrar em contato com o grupo através da página do bazar no Facebook: https://www.facebook.com/bazarda.