Produção em crescimento
11/07/2018 18:39 - Atualizado em 13/07/2018 13:23
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No primeiro semestre de 2018, a produção de motos no Brasil cresceu 16,7%. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (11) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Foram 494.684 motocicletas produzidas no país de janeiro a junho. Já no mesmo período do ano passado, o setor havia feito 423.750 unidades.
Em entrevista ao portal G1, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirmou que “a ampliação do crédito e estabilidade de índices econômicos têm sido fundamentais para a evolução dos negócios”.
O crescimento da produção levou a indústria de motos brasileira a rever as projeções do início do ano. Antes, a expectativa era de que a produção cresceria 5,9% em 2018, mas, agora, a entidade prevê alta de 11%, o que significa produzir 980 mil unidades no ano.
“A demanda de motos estava represada desde o segundo semestre de 2017”, recordou-se Fermanian, ressaltando que esta é a explicação para a expectativa maior de crescimento por parte da entidade.
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Recuperação nas vendas — As vendas de motos novas voltaram a crescer pela primeira vez no 1º semestre, depois de sete anos de quedas consecutivas. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o segmento teve alta de 6,9%, no acumulado de janeiro a junho, em relação ao mesmo período de 2017.
Greve atrapalhou junho — A produção de motos em junho foi de 50.118 unidades, o que representou um recuo de 0,3% sobre o mesmo mês do ano passado, quando 50.529 motos foram feitas.
“A greve contribuiu para desabastecer as fábricas e afetou diretamente a distribuição de motocicletas”, explicou Fermanian.
Na comparação com maio, que teve 96.607 motos fabricadas, a queda foi de 48,1%.
Argentina prejudica exportações — As exportações de motos brasileiras estão diminuindo o ritmo. Apesar de o setor apresentar alta de 26,6% no primeiro semestre, com o total de 41.030 unidades, a situação da Argentina está preocupando as montadoras.
“O mercado argentino vem sofrendo mais que o brasileiro, e os produtos têm aumentado o preço por lá. Atualmente, o país representa 70% de nossas exportações”, explica Fermanian.
A expectativa da entidade é de que as exportações fechem 2018 com queda de 2,2%, com 80.000 motos enviadas para fora do país. (A.N.)

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