Todas as pesquisas são unânimes: mesmo preso desde 7 de abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda é o político mais popular do Brasil. E, sem ele na disputa, o líder na corrida ao Palácio do Planalto é o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). Mas, segundo a consulta Ibope feita entre 21 e 24 de junho, com 2 mil eleitores de 128 municípios, o presidenciável de direita está em empate técnico com a ex-senadora Marina Silva (Rede). Na margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, Bolsonaro ficou com 17% das intenções de voto no cenário sem Lula. Nele, Marina teve a preferência de 13% dos eleitores.
Com e sem Lula
Sem Lula, depois de Bolsonaro e Marina, apareceram o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 8%; o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), com 6%; o senador Álvaro Dias (Podemos), com 3%; além do senador Fernando Collor de Mello (PTC) e do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), ambos com 2%. Com o ex-presidente colocado no páreo, apesar da sua participação no pleito ser vetada pela Lei da Ficha Limpa, ele liderou a pesquisa Ibope com 33%, seguido de Bolsonaro (15%), Marina (7%), Ciro (4%), Alckmin (4%) e Álvaro Dias (2%).
Herança
No contraste entre os números Ibope com e sem Lula, sua ex-ministra Marina surge como principal herdeira dos seus votos. Ela cresce seis pontos percentuais sem o líder petista. Ciro sobe quatro, sobrando dois para Bolsonaro, dois para Alckmin e um para Álvaro Dias. De acordo com a pesquisa, presidenciáveis da chamada esquerda orgânica herdam pouco ou nada do ex-presidente. A deputada estadual Manuela D’Ávilla (PC do B), que apareceu com 1% das intenções de voto com Lula, permanece sem ele com o mesmo percentual mínimo. Já o líder do MTST Guilherme Boulos (Psol) passou do traço, com Lula, para 1%, sem.
Desencanto e rejeição
Outro dado relevante da pesquisa Ibope é o grande número dos eleitores dispostos a votar em branco e nulo, ou que ainda estão sem candidato. Com Lula no páreo, eles somam 28%. Sem ele, chegam a 41%, mais que as intenções de voto somadas de Bolsonaro, Marina e Ciro. Fundamental numa eleição em dois turnos, que seriam necessários mesmo com Lula, é a rejeição. Nele, Bolsonaro lidera com 32%, junto com Collor, primeiro presidente do Brasil a sofrer impeachment. Lula, único a ser preso, ficou com 31%. No índice negativo, Alckmin registrou 22%, enquanto Marina e Ciro empataram com 18%.
Presidente
Não é novidade para ninguém o alto índice de rejeição que enfrenta o ainda presidente Michel Temer (MDB). E segundo a pesquisa Ibope, a avaliação negativa do governo bateu seu próprio recorde. Os índices de ruim e péssimo somaram 79% neste mês de junho, ante 72% verificados em março. Até então, o pico de rejeição havia sido registrado em setembro de 2017, com 77%.
Mal avaliado
De acordo com a pesquisa, a avaliação de que o Governo Temer é regular caiu de 21% para 16% entre março e junho. Entre os entrevistados, 4% disseram que o governo é ótimo ou bom, ante 5% no levantamento passado. Temer segue como o mais mal avaliado entre os presidentes desde José Sarney. A desaprovação à maneira de Temer governar também subiu e foi de 87% a 90%, o maior porcentual registrado pelo Ibope. A aprovação caiu de 9% para 7%, o mais baixo já medido pelo levantamento.
Risco
Representantes da Vigilância em Saúde de Campos e do Comitê de Arboviroses vão conceder entrevista coletiva, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), nesta sexta-feira (29), às 10h, onde irão abordar o quadro atual da chikungunya no município. Vale lembrar que só neste ano são 1.594 casos da doença. É extremamente importante manter a população informada nesses casos. E não custa lembrar que cada um tem que fazer a sua parte, todos os dias, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, verificando possíveis focos em casa.