O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio, Jonas Lopes de Carvalho Júnior, o Joninhas, foi condenado pelo juiz federal Marcelo Bretas a sete anos de prisão, no processo da Operação Quinto do Ouro, que desvendou um esquema de corrupção no TCE-RJ. Ele e o filho, o também advogado Jonas Lopes Neto, que também foi condenado, ainda terão de devolver à Justiça R$ 13,3 milhões – valor correspondente ao perdimento dos valores ilícitos, inclusive aqueles mantidos em depósito no exterior.
De acordo com a sentença, Jonas Lopes terá de cumprir um ano e meio de prisão domiciliar num imóvel rural na cidade de Além Paraíba, em Minas Gerais, com monitoramento eletrônico. Dois anos e seis meses serão de prestação de serviços à comunidade, por 15 horas semanais. E os três anos restantes serão em regime aberto, com comprovação mensal das atividades.
A pena estava prevista no acordo de delação premiada que Jonas Lopes fechou com a Procuradoria Geral da República. A operação O Quinto do Ouro levou à prisão cinco dos sete conselheiros do TCE-RJ, hoje afastados do tribunal por decisão da Justiça. O ex-conselheiro é de Campos e foi indicado ao cargo pelo ex-governador Anthony Garotinho (PRP).
Jonas é advogado formado pela Faculdade de Direito de Campos (FDC) e filho do criminalista Jonas Lopes de Carvalho. Joninha, como é chamado pelos amigos, foi procurador geral da Prefeitura de Campos.
Semana passada, também em depoimento do juiz Marcelo Bretas, o conselheiro aposentado afirmou que, antes mesmo de se tornar conselheiro e presidente do TCE, entregou propina aos conselheiros do órgão. A entrega era feita por ele quando foi secretário da Casa Civil do ex-governador. Em nota, a defesa negou que Garotinho soubesse de qualquer irregularidade cometida. (S.M.) (A.N.)