Aldir Sales
19/06/2018 21:54 - Atualizado em 21/06/2018 14:21
Além de Cabo Frio, os eleitores de Rio das Ostras, na Baixada Litorânea, também precisarão escolher um novo prefeito no próximo domingo, em eleição suplementar marcada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois que o prefeito eleito no ano passado, Carlos Augusto Balthazar (MDB), ter sido cassado pela Justiça Eleitoral ao ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. A cinco dias do pleito fora de época, o Instituto Ágora divulgou uma pesquisa de intenções de votos onde o vereador e ex-secretário de Saúde na gestão Balthazar, Marcelino da Farmácia (PV), aparece à frente, tanto na sondagem espontânea quanto na estimulada. Ex-vereador e segundo colocado na eleição de 2016, Deucimar Talon (PRP) aparece na sequência, seguido do também vereador Dr. Fábio Simões (PP), apoiado pelo prefeito afastado. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ-04207/2016 e contratada pelo próprio Instituto Ágora. A margem de erro é de 5% para mais ou para menos.
De acordo com o Ágora, na pesquisa espontânea, Marcelino da Farmácia aparece com 29,5% das intenções de votos, seguido por Deucimar Talon, com 13,6%; Fábio Simões, com 8,9%. Na sequência aparecem outros candidatos derrotados em 2016: Flávio Poggian (PSD), com 3,2%; e Winnie Freitas (Psol), com 2,0%. Mesmo depois de anunciar que não irá concorrer, Carlos Augusto Balthazar foi lembrado por 1,5% dos entrevistados, assim como o candidato Gelson Apicelo (PDT), ex-vice-prefeito na gestão do ex-prefeito Alcebíades Sabino (PSDB) em 2012, com teve 0,5% da preferência do eleitorado neste cenário.
Brancos e nulos somam 17,4%, enquanto o índice daqueles que não souberam ou não quiseram responder foi de 23,3%.
No cenário estimulado, Marcelino da Farmácia aparece com 39,7%, seguido de Deucimar Talon, com 16,1%; Fábio Simões, com 12,7%; Flávio Poggian, com 5,0%; Winnie Freitas, com 2,5%; e Gelson Apicelo, com 1,7%. Nesta sondagem, brancos e nulos somam 9,7%, enquanto 12,7% não souberam ou não responderam.
O TSE cassou o mandato de Carlos Augusto em 11 de abril, por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2008. No julgamento, o plenário da Corte considerou que Balthazar se encontrava inelegível no momento do pedido de registro de candidatura à eleição de 2016, condição essa que durou até 5 de outubro de 2016, três dias após o primeiro turno, seguindo entendimento da Lei da Ficha Limpa. O político chegou a registrar sua candidatura no pleito suplementar, no entanto, a Justiça Eleitoral indeferiu o registro e Balthazar desistiu de recorrer.
A pesquisa do Instituto Ágora foi realizada entre os dias 14 e 15 de junho e ouviu 400 pessoas em 59 bairros diferentes e, segundo o registro no TSE, foi encomendada pelo próprio instituto.