O ex-governador Anthony Garotinho lançou, na tarde desta segunda-feira (12), sua pré-candidatura ao Governo do Estado pelo PRP. Em evento no Clube de Regatas Boqueirão do Passeio, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro, Garotinho discursou para o público que compareceu ao local, atacou o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) e seu antecessor, o desafeto e ex-aliado Sérgio Cabral (MDB). Também nesta segunda, Garotinho passou pela sabatina promovida pelo SBT, UOL e Folha de S. Paulo com os pré-candidatos a ocupar o Palácio Guanabara. Durante a entrevista, o político da Lapa defendeu a “federação completa” da Segurança Pública e uma compensação do governo federal ao Rio de Janeiro por causa da transferência da capital para Brasília na década de 1960.

Durante o lançamento de sua pré-candidatura a governador, Garotinho desmentiu os comentários de bastidores que davam conta de que ele poderia desistir da corrida ao Governo do Estado para tentar garantir um cargo em uma disputa considerada menos complicada, como para deputado estadual. “Estavam espalhando por aí que eu concorreria a deputado estadual. Eu só serei oficializado candidato a governador. Se não for isso, não serei candidato a nada. Eu não estou atrás de um cargo, eu estou atrás de um sonho. Para que eu quero um cargo aos 58 anos de idade, depois de já ter sido deputado federal mais votado e ser o governador mais jovem eleito no Rio?”, disse Garotinho ao lado da esposa, Rosinha Garotinho (Patri); dos filhos Wladimir Matheus (PRP) e Clarissa Garotinho (Pros); além dos vereadores afastados Vinícius Madureira (PRP), Thiago Virgílio (PTC) e Linda Mara Silva (PTC); da ex-deputada Liliam Sá (Patri); do ex-prefeito de Nova Iguaçu Nelson Bornier (Pros); Brizola Neto (PPL) e outros aliados.

No entanto, a candidatura só poderá ser oficializada após as convenções partidárias, que devem acontecer entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, de acordo com o calendário da Justiça Eleitoral.

Sabatina — Durante a entrevista para o SBT, UOL e Folha de S. Paulo, Anthony Garotinho defendeu a “federalização” da segurança no Estado e uma “indenização” da União ao Rio de Janeiro pela transferência da capital federal. “Tem que colocar na Constituição que o Rio de Janeiro precisa ser reparado por isso. Essa é uma guerra ganha. (...) O Rio de Janeiro tem que ser considerado área de proteção federal. É impossível o melhor governador do mundo resolver o problema estrutural do Estado”, falou o ex-secretário de Governo de Campos, que defendeu que seja criado um fundo federal.

No entanto, questionado sobre o índice de criminalidade ter aumentado durante seu governo, Garotinho respondeu apenas que as estatísticas de seus sucessores foram maquiadas. O pré-candidato do PRP também falou que pretende recriar o Banco do Rio de Janeiro (Banerj) para ajudar no financiamento.